Publicado em 24/05/2013 às 09h32 atualizado em 24/05/2013 às 09h35 - Indaiatuba Política
DA REDAÇÃO
A principal causadora dos problemas que levaram à interdição do Casarão Cultural Pau Preto foram rupturas em adutora do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae) que passa nas proximidades do patrimônio histórico. No entanto, o vereador Carlos Alberto Rezende Lopes, o Linho (PT), levantou a possibilidade de que esta ruptura possa ter sido causada por uma obra mal executada na região.
A nova adutora foi construída para atender à demanda de um novo empreendimento que vem sendo erguido na confluência da Praça Leonor de Carros Camargo e a Rua 15 de Novembro. Para que o prédio pudesse receber o abastecimento de água, foi necessária a execução de um serviço de derivação e ligação de água até a área de construção. Contudo, segundo Linho, esta ligação foi realizada a partir de adutora existente defronte ao Casarão.
Questionado sobre tal informação, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) informou que no Processo Administrativo nº 21.520/2010, aberto em 24 de setembro do mesmo ano, foi constatado que o local onde está sendo erguido o edifício comercial é servido pelos sistemas públicos de água e esgoto. No entanto, a rede de água existente não teria condições de atender a demanda do empreendimento.
Assim, o Saae indicou o traçado da nova extensão de rede. Após a análise do sistema de abastecimento de água existente na região, foi definido que o ponto de interligação com o sistema público se localizava na Rua Pedro Gonçalves, esquina com a Rua Dom José. Ainda segundo a autarquia, a rede de distribuição de água defronte ao Casarão não era suficiente para garantir o fornecimento necessário ao empreendimento, por isso, foi exigida a implantação de uma nova adutora, que seria ligada a outra, já existente na Rua Pedro Gonçalves.
Segundo o Departamento de Comunicação do Saae, a ligação não foi realizada em frente ao Casarão, já que a adutora de cimento amianto se encontrava “toda quebrada e entupida”. Linho contesta a informação e afirma que a autarquia deveria ter interferido no projeto. “A culpa não é da empresa que realizou o empreendimento, nem da terceira contratada para fazer a adutora, mas da falta de planejamento pó parte do Saae”, afirma. “O Saae é que precisa de mais responsabilidade nos seus critérios de avaliação.”
A autarquia afirma ainda que, na época em que foi realizada a troca da adutora de cimento pela de PVC, enfrentou resistência. O Saae anunciou ainda que não realizou a obra, delegando a sua realização a uma outra empresa, contratada pela Exsa, “porque não dispõe da mão de obra e equipamentos para atender todas as ampliações do sistema público para novos empreendimentos”.
Ao Mais Expressão, a autarquia comentou que só haviam duas opções para a implantação da nova adutora: ou a empresa executava a obra, ou depositava o valor para o Saae construí-la. “A empresa optou por ela mesma executar a adutora, sob permanente fiscalização do Saae”, revela a assessoria, que lembrou ainda que uma licitação não foi necessária, já que a construtora demonstrou o interesse dela mesmo executar a adutora.
Linho questionou. “Isto é um equivoco, sendo que no processo de execução da obra não existe esta possibilidade da empresa depositar o valor para o Saae construir esta adutora”, ressalta. O projeto de execução da obra afirma que o empreendedor deve executar uma subadutora de 150 mm de diâmetro e extensão de 250m. “É função do Saae executar este tipo de serviço, é um dos motivos de sua existência”, afirma o vereador.
A autarquia ressalta que “a interligação da adutora construída pela empresa à adutora da Rua Pedro Gonçalves foi feita bem distante dos vazamentos ocorridos na antiga adutora de fibras de cimento, em frente ao Casarão (essa adutora também foi substituída pelo SAAE, recentemente, por uma outra com de tubos de PVC e os vazamentos acabaram).”
O alvará para a construção do empreendimento foi liberado, pois segundo o Saae “o empreendedor, às exigências da diretriz, construiu uma nova adutora que atendesse a demanda de água do edifício, e auxiliou também na disponibilização de água para as redondezas. Portanto, não há problema algum que a nova adutora tenha sido ligada à adutora da Rua Pedro Gonçalves, nem a execução da mesma oferece qualquer risco ao Casarão ou imóveis no entorno”.
As obras da nova adutora foram iniciadas em 11 de junho de 2012 e finalizadas em 6 de julho do mesmo ano. A interligação ao sistema publico foi finalizada pelo Saae em 16 de julho.
Saiba mais: Exsa e Congesa auxiliarão Prefeitura em reforma total do Casarão Cultural
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