Publicado em 06/02/2025 às 15h30 Brasil Saúde
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Com o retorno às aulas, é fundamental que os responsáveis verifiquem se a carteira de vacinação dos estudantes está em dia. Ambientes escolares, por reunir um grande número de crianças e adolescentes, aumentam o risco de transmissão de doenças. “Vacinar significa proteger-se individualmente e também resguardar a coletividade”, explica Isabella Balallai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza 16 vacinas para crianças e adolescentes, protegendo contra mais de 20 doenças. Além dessas, há vacinas específicas, como a da dengue, aplicada em regiões de maior risco, e a da influenza, oferecida anualmente. Algumas imunizações exigem múltiplas doses e reforços para garantir proteção duradoura, reforçando a necessidade de acompanhamento contínuo do calendário vacinal.
A imunologista Ana Medina, gerente médica de vacinas da GSK, destaca que a complexidade do calendário pode confundir os responsáveis, tornando a volta às aulas um momento ideal para essa conferência. “Durante as férias, o convívio ocorre em um ambiente mais controlado. Já na escola, há aglomeração, espaços fechados e compartilhamento de objetos, o que facilita a propagação de infecções”, alerta.
Entre as doenças preveníveis por vacinas, Isabella Balallai cita a meningite pneumocócica e meningocócica, ambas potencialmente fatais. “30% dos infectados por meningite pneumocócica morrem e, no caso da meningocócica, a taxa de mortalidade chega a 20%. Além disso, um em cada cinco sobreviventes pode ter sequelas graves, como amputações”, explica. O SUS oferece as vacinas Pneumo-10, Meningo C e Meningo ACWY, que protegem contra os sorotipos mais prevalentes dessas bactérias.
Outra preocupação é a coqueluche, que tem causado surtos recentes. Em 2024, foram registrados mais de 6.700 casos no Brasil – um aumento de 31 vezes em relação a 2023 –, com 28 mortes. A vacina Penta protege contra essa e outras doenças, mas também é essencial que gestantes recebam o imunizante dTpa para garantir a proteção dos bebês desde o nascimento.
A covid-19 também segue em pauta. “Embora a pandemia esteja controlada, o segundo grupo que mais morre de covid-19 no Brasil é o de crianças menores de 1 ano não vacinadas”, alerta Isabella. Desde 2023, a vacina contra a covid-19 integra o calendário do SUS, sendo recomendada para crianças de 6 meses a menos de 5 anos. No entanto, apenas 32,4% desse público recebeu ao menos duas doses, segundo o Ministério da Saúde.
Crianças e adolescentes são grandes transmissores de vírus e bactérias. “A literatura mostra que a primeira onda sazonal de influenza ocorre entre as crianças. No ambiente escolar, surtos são comuns, e esses estudantes acabam levando a doença para casa”, reforça Isabella. Por isso, a imunização contra gripe é recomendada anualmente para crianças de seis meses a menos de seis anos.
Para reduzir a transmissão de doenças, especialistas recomendam que estudantes com sintomas como febre, tosse e coriza fiquem em casa até pelo menos 24 horas após o desaparecimento dos sintomas. Além disso, a vacinação dos profissionais da educação é essencial para evitar a propagação de infecções dentro das escolas.
Ana Medina ressalta ainda a importância da educação em saúde e do acesso a informações confiáveis. “Os responsáveis devem buscar fontes seguras, como os sites do Ministério da Saúde e da SBIm, que disponibilizam informações detalhadas sobre cada vacina. Além disso, é importante lembrar que todas as vacinas disponíveis no Brasil passam por rigorosos testes de segurança e seguem sendo monitoradas ao longo do tempo”, explica.
A vacinação é uma medida essencial para garantir um ambiente escolar mais seguro e saudável, protegendo tanto os estudantes quanto suas famílias e a comunidade em geral. (Com informações da Agência Brasil)
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