Viveiro do Parque do Lago será temporariamente desativado após perdas de animais

As quatro aves sobreviventes foram encaminhadas para o Núcleo da Floresta
Foto: Divulgação

As recorrentes e fortes chuvas que atingiram Salto e região trouxeram consequências também para a vida animal. O ‘Viveiro de Imersão’, no Parque do Lago, foi fortemente danificado, o que ocasionou a morte de parte dos pássaros que habitavam a estrutura. A constatação foi realizada pela bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e pelo secretário da pasta, José Antônio Luciano, que estiveram no local.

Segundo Bárbara Maia, bióloga da prefeitura, a incidência de um raio muito próximo da estrutura é a principal suspeita em relação aos fatores que podem ter motivado a morte das aves. Além disso, tanto o lago do parque quanto o curso do Rio Tietê, que permeia o local, transbordaram e as águas alagaram totalmente o viveiro. Durante a inspeção, as marcas deixadas pela lama mostravam que a inundação atingiu mais de 35cm acima do nível do piso da estrutura.

Quatro aves que sobreviveram ao episódio receberam os cuidados da equipe de Meio Ambiente e se encontram saudáveis.

Projeto inadequado e sem licenças

Após parecer técnico (01/2025) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ficou constatado que o viveiro encontra-se em desacordo com exigências estabelecidas pelo Departamento de Gestão da Fauna Silvestre (DEFAU/SP), nos quesitos de instalação, infraestrutura e documentação. A obra, que teve início há cerca de um ano, ainda não obtinha duas licenças obrigatórias (instalação e operação) junto ao IBAMA para funcionar adequadamente.

Para evitar novos incidentes, a Secretaria de Meio Ambiente irá avaliar a infraestrutura do viveiro para possível reestruturação, de acordo com as normas ambientais necessárias, e sua realocação em uma área menos suscetível a alagamentos. Além disso, fará o desenvolvimento de um plano de contingência para remoção rápida de animais em caso de emergência climática.

Visando a proteção e bem-estar dos pássaros, as quatro aves sobreviventes foram encaminhadas para o Núcleo da Floresta, na cidade de São Roque, especializado na reabilitação e devolução de animais para a natureza.