Veterinário reforça necessidade de prevenção contra parasitas

O veterinário Allan de Genaro segura um cãozinho que recebeu atendimento
Foto: Divulgação

ALLAN DE GENARO*

Especial para o Mais Expressão

Entre os cuidados básicos que devemos ter com nossos animais de estimação, a vermifugação periódica e o controle de endo e ectoparasitas de todos os pets da nossa casa é um deles. Eles são indicados não somente quando o pet já se encontra parasitado, mas também como uma medida de prevenção.

É fundamental que o tutor administre vermífugos e medicações contra parasitas externos em seu melhor amigo com a frequência necessária. Não estaremos apenas protegendo o bichinho, mas também toda a família que convive com ele. Muitas das doenças de cães e gatos podem ser transmitidas para os seres humanos, sendo chamadas de zoonoses.

As verminoses proliferam com mais facilidade e tem importância clínica maior em filhotes e cães debilitados, porém podem parasitar animais de todas as idades e condições de saúde. No filhote, a transmissão ocorre através da mãe, pela placenta ou durante a amamentação. Sendo assim, é importante também que as cadelas sejam tratadas antes e durante a prenhez, para evitar essa transmissão.

Já em animais adultos, é mais comum a contaminação ocorrer pelo contato direto com fezes de animais parasitados ou pela ingestão de água e alimentos contaminados. Deste modo, animais que andam na rua, frequentam parques, hotéis, locais públicos e lambem tudo o que veem pela frente, tem maior chance de entrarem em contato com ovos de vermes e correm um maior risco de contaminação.

Os sinais clínicos irão depender do grau de infecção do animal, mas os mais comuns são diarreia, presença de vermes nas fezes, perda de peso, diminuição ou falta de apetite, vômitos, queda de pelo e anemia. Alguns animais podem apresentar tosse e sinais de pneumonia.

A forma de prevenção da verminose em cães e gatos é a vermifugação periódica dos animais. É importante sempre fazer a administração de vermífugos em todos os animais contactantes, ou seja, aqueles que vivem no mesmo ambiente.

O protocolo de vermifugação nos cães deve ser iniciado já no período entre os primeiros 15 e 30 dias de vida, seguindo sempre a recomendação do médico veterinário. A frequência dessa vermifugação vai depender do risco de exposição do animal, isto é, animais que têm contato com outros cães e frequentam locais públicos adquirem maior chance de se contaminar do que aqueles que só vivem dentro de casa e não saem para a rua, devendo serem vermifugados com maior frequência.

Seja qual for a melhor opção de alimentação, convencional ou natural, recomendada para o seu pet, aqui no Calçadão Pet você encontra: Av. Geraldo Hackmann, 590 - Cecap III (Boulevard). F. 19 3392-9980/Whats 19- 99577-3385. Instagram: calcadaopet. Facebook: calcadaopet.

*Allan de Genaro é veterinário com CRMV/SP 54635.

Animais podem estar expostos frequentemente

É extremamente importante manter em dia a vermifugação do seu pet, mesmo os animais bem cuidados estão frequentemente expostos a esses parasitas.

Interno ou externo, mais ou menos perigosos, os parasitas nos animais são um problema que não podemos ignorar. Eles não só afetam os nossos animais de estimação, mas também podem transmitir doenças aos seres humanos, especialmente para as crianças pequenas.

Parasitas externos ou ectoparasitas: se localizam no exterior do corpo, como pele e pelos. Entre os exemplos de parasitas externos nos animais, podemos citar as pulgas e os carrapatos.

Parasitas internos ou endoparasitas: se localizam no interior do corpo, em diferentes órgãos. Entre os parasitas internos, podemos citar a lombriga e a giárdia,

Parasitas do sangue ou hemoparasitas: se alojam no sangue dos hospedeiros. Podemos citar a Ehrlichia sp., bactéria que causa a doença do carrapato.

As pulgas podem transmitir ao cão um verme chamado Dipylidium caninum, além disso a sua saliva possui diversas substâncias que possuem a capacidade de induzir reações de hipersensibilidade em animais predispostos. Os carrapatos por sua vez são importantes transmissores de doenças que afetam as células sanguíneas dos cães, como a Babesiose canina e a Erliquiose canina - popularmente denominadas de “doenças do carrapato”. Já os mosquitos, especialmente os da espécie Lutzomyia longipalpis, popularmente chamados de “mosquito-palha” são transmissores de uma importante doença: a Leishmaniose Visceral Canina.

Leishmaniose Visceral Canina é um risco

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença que pode afetar tanto os cães quanto os seres humanos. Ela é causada por um protozoário chamado Leishmania infantum chagasi e é transmitida aos mamíferos pela fêmea do “mosquito-palha”. A fêmea deste mosquito pica o animal para se alimentar do seu sangue e, durante este processo, é capaz de transmitir as formas infectantes do protozoário. A transmissão desta doença depende na maioria das vezes do inseto, por essa razão seu controle é um dos focos principais para sua prevenção.

Atualmente para o controle das infestações por ectoparasitas nos cães e gatos existem disponíveis no mercado veterinário diversos produtos nas mais diversas apresentações comerciais, tais como: pipetas, sprays, talcos e até mesmo coleiras. Cabe ao médico veterinário estabelecer quais são as melhores medidas de controle, levando-se em conta diversos fatores, como o local onde o animal vive, sua rotina de passeio ou visita a outros lugares, bem como de contato com outros animais. 

Sendo assim, para proporcionar ao seu pet uma vida longa e feliz devemos colocar em prática a medicina veterinária preventiva, vacinando os animais nas datas corretas, com uma dieta rica em nutrientes e mantendo os animais livres de parasitas. Seja qual for a sua necessidade para manter a qualidade de vida do seu pet, você encontra aqui no Calçadão Pet. Agende uma consulta e converse com o veterinário.