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Verticalização Urbana cresce no interior e se apresenta como solução estrutural para as cidades

estrutural para as cidades Em Indaiatuba, mais de 15% das unidades habitacionais do município são apartamentos

 Publicado em  06/12/2024 às 13h37  Indaiatuba  Arquitetura e Construção


O avanço da verticalização urbana no Brasil tem ganhado destaque nos últimos anos, com um aumento significativo no número de brasileiros que optam por morar em apartamentos. De acordo com o Censo 2022, divulgado pelo IBGE no início de 2024, o percentual de pessoas residindo em prédios saltou de 8,5% da população, em 2010, para 12,5%, em 2022, o que reflete a crescente adoção deste modelo de moradia. 

Na capital paulista, o número de moradores de apartamentos subiu de 23,6% para 29,4%. Contudo, não são apenas as grandes capitais que têm observado a mudança e municípios interioranos também experimentam esse fenômeno de verticalização nos últimos anos. 

Indaiatuba, por exemplo, conta com mais de 14 mil apartamentos, segundo o levantamento do IBGE. O número representa mais de 15% do total de unidades habitacionais do município, o que evidencia o aumento do conceito nas cidades do interior.

“A verticalização não é apenas uma tendência, mas uma solução inteligente para os desafios urbanos enfrentados pelas cidades, principalmente do interior. O aumento no número de apartamentos é reflexo do crescimento populacional e da mudança nos hábitos das famílias, que buscam mais praticidade, segurança e mobilidade”, aponta Rafael Batista, Diretor de Incorporação da Perplan.

Interior mais verticalizado 

Presente em mais de 20 cidades do interior e com foco nos estados de São Paulo e Minas Gerais, a Perplan analisa a verticalização urbana como “tendência irreversível”, já que a “construção de prédios altos possibilita uma maior eficiência no uso do solo, ao mesmo tempo em que atende à crescente demanda por moradia e infraestrutura”, comenta Murilo Paes, diretor de Engenharia da Perplan. 

“A verticalização também contribui para a valorização imobiliária e o desenvolvimento econômico local. Em cidades do interior, onde o crescimento é acelerado, a construção de novos empreendimentos verticais é uma forma de garantir que o crescimento urbano seja sustentável e bem planejado”, complementa Rafael Batista. 

Mudanças nos hábitos e infraestruturas municipais 

A mobilidade urbana, segundo Batista, é outro fator importante que favorece o aumento da verticalização. “As cidades no interior que são polos de desenvolvimento têm investido na melhoria do transporte público e na conectividade, o que facilita o deslocamento dos moradores e torna a vida em apartamentos ainda mais atrativa”, aponta, citando, ainda, que a proximidade de centros comerciais e a maior acessibilidade aos principais polos de trabalho são fatores que contribuem para o sucesso desse modelo.  

Além das questões estruturais dos municípios, as mudanças nas composições familiares e as preocupações com segurança têm influenciado diretamente na decisão das pessoas de morar em apartamentos. “As famílias estão menores, mais concentradas, e em busca de um local que ofereça lazer, segurança e bem-estar. O conceito de ‘lar’ está cada dia mais forte, e os apartamentos conseguem atender esse desejo”, finaliza. 

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