Vereadores apontam irregularidade nas admissões em UPA, mas secretário nega

Eloy de Oliveira
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O vereador Beto Carvalho (DEM) entregou ao secretário de Saúde da Prefeitura, Sílvio Corsini, na sabatina que os vereadores fizeram com ele na Câmara na segunda-feira (9), uma lista com nove nomes de contratados irregularmente para trabalhar na UPA do Jardim Paulista. O secretário negou responsabilidade no caso.

De acordo com Corsini, a contratação de profissionais para a UPA ocorreu por meio de concurso realizado pela empresa Cismetro em 2018. Ele afirmou que a Prefeitura não tem responsabilidade sobre essa prova. Corsini assegurou que não houve beneficiamento, apesar dos nomes entregues pelo vereador.

Mesmo assim, o secretário admitiu que houve um erro da empresa na escolha de alguns nomes e que ela foi advertida para que corrigisse. O secretário só não disse se os nomes que estariam no suposto erro da empresa eram os mesmos que o vereador lhe entregou. Disse que não teve tempo conferir a lista.

O assunto dominou a conversa com o secretário e mobilizou vários vereadores com confrontos de informações, entre os quais Wal da Farmácia (PSL), que afirmou que conversou com a Cismetro e a empresa negou que tivesse feito a aplicação de provas na cidade para a contratação de funcionários como ele disse.

Diante disso, o vereador Adriel de Oliveira do Nascimento (PT) pediu que o secretário confirmasse se todos os funcionários que irão atuar na UPA serão mesmo os que foram aprovados no processo seletivo de 2018 e questionou a seriedade da empresa para a aplicação de testes com essa responsabilidade.

Para Ademilson Aparecido Ferreira Gomes (PTB), o Professor Fio, o município demonstra não ter controle sobre as ações desenvolvidas pela Cismetro. O secretário afirmou que existe sim o controle e, em resposta a Adriel, disse que tudo será esclarecido conforme foi levantado durante aquela reunião com os vereadores.

Hospital

Adilson Paranhos da Silva (MDB) questionou a afirmação do prefeito Edivaldo Brischi (PTB) de que haveria uma “açougueira” no hospital da cidade e sobre uma postagem na rede social em que o prefeito aparece próximo ao prédio da Polícia Federal com documentações, mas Corsini disse que não podia falar a respeito.

A ação teria a ver com uma operação da PF realizada no hospital de Monte Mor e também em cidades da região no final de julho para apurar possíveis fraudes em contratações e compras de máscaras junto ao município de Guarulhos, usando recursos federais exclusivos para a pandemia da Covid-19.