Publicado em 24/06/2022 às 14h06 Indaiatuba Saúde
Pele fica coberta de bolhas com aspecto avermelhado e elas doem bastante, segundo especialistas
Foto: Reprodução
Rayane Lins*
O Instituto Adolfo Lutz confirmou, na terça-feira (21), o segundo caso de contaminação da Varíola dos Macacos em Indaiatuba. Trata-se de um homem de 38 anos. Ele foi atendido com os sintomas no Hospital Santa Ignês. Atualmente, ele passa bem e cumpre isolamento domiciliar. A primeira vítima foi registrada na quinta-feira (16).
A segunda vítima é da mesma família do primeiro paciente. Ambos são considerados casos importados pela Secretaria de Saúde do município, o que significa que não há contaminação local. Eles viajaram para a Europa recentemente e podem ter se contaminado lá. O primeiro caso é de um homem de 28 anos.
Com esses dois casos em Indaiatuba, já são 11 em todo o país. O primeiro caso da doença no Brasil foi confirmado oficialmente em 9 de junho na capital paulista. Na sequência, o Ministério da Saúde confirmou mais quatro nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
O que é a doença
A chamada Varíola dos Macacos se alastra por países da Europa e nos Estados Unidos. Ela descoberta em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola humana ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros países da África Central e Ocidental.
A doença é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae e é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola humana, embora seja clinicamente menos grave.
É adquirida inicialmente por meio do contato com algum animal doente e a transmissão entre seres humanos, considerada rara, acontece pelo contato com a pessoa infectada ou por meio de material contaminado, como toalhas e roupas de cama. Os sintomas da varíola dos macacos são: febre, dores musculares, dor de cabeça, exaustão, aumento dos gânglios linfáticos e lesões na pele.
Como reconhecer
Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresentar bolhas na pele de forma aguda e inexplicável. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda uso de máscaras quando houver viagens para países onde a doença é comum.
“Esse vírus ainda não está presente nos animais brasileiros, então a única possibilidade de contato é entre viajantes. Além da extrema vigilância sobre os casos, é preciso dobrar o cuidado em fronteiras e aeroportos”, comenta a epidemiologista, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Andrea Paula von Zuben.
Casos de Covid-19 voltar a crescer e mais três mortes
A Secretaria de Saúde de Indaiatuba informou que registrou mais três mortes por causa da Covid-19. Os casos foram divulgados na segunda-feira (20), mas ocorreram nos últimos sete dias. Desde o início da pandemia 863 pessoas perderam a vida para a doença na cidade.
Além das mortes foram acrescentados durante o período 404 novos casos da doença (desde o início da pandemia são 58.389 contaminações, mas 57.521 se curaram). A secretaria informa ainda que há 1.523 notificações suspeitas (hospitais, unidades de saúde e laboratórios particulares) sob investigação no momento.
O crescimento no número de contaminações já lotou os leitos disponíveis de UTI tanto no Hospital Augusto de Oliveira Camargo quanto no Santa Ignês. Em relação aos leitos clínicos, o Santa Ignês ainda tem 50% de disponibilidade. A cidade imunizou 234.689 pessoas dos 260 mil habitantes com a primeira e a segunda doses.
A alta de casos se espalha pelo Brasil desde o mês de maio. O Estado de São Paulo registrou ainda nesta semana 5,6 mil casos confirmados, sendo cerca de 170 óbitos relacionados à doença, segundo o site do governo do Estado.
*Rayane Lins integra o Programa de Estágio do Grupo Mais Expressão.
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