Publicado em 06/08/2025 às 15h29 Brasil Pets
Foto: Divulgação
As doenças infecciosas estão entre as principais causas da mortalidade de cães e gatos, especialmente filhotes ou adultos não vacinados. Entre os cães, a cinomose e a parvovirose são as mais comuns. Para os gatos, a grande vilã é a Felv (leucemia viral felina), mas há uma infinidade de outras doenças infecciosas e contagiosas que são preocupantes.
De acordo com a médica veterinária Ana Elisa Arruda Rocha, a forma mais eficaz de prevenção das doenças evitáveis são as vacinas. Associada aos cuidados veterinários adequados, a vacinação pode reduzir drasticamente a taxa de mortalidade dos pets.
"Apesar dos avanços na medicina veterinária, milhares de cães e gatos ainda morrem anualmente no Brasil por doenças que poderiam ser prevenidas com a vacinação", alerta a professora do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba.
A falta de informação dos responsáveis ou falta de acesso a cuidados básicos são agravantes. A parvovirose, altamente contagiosa e fatal para filhotes, é responsável por quase metade das mortes de cães não vacinados nos primeiros meses de vida.
Já a cinomose, outra doença grave, tem taxa de mortalidade ainda superior em casos não tratados. E mesmo com tratamento, muitos cães podem vir a óbito ou ficar com sequelas importantes.
Entre os gatos, além da leucemia viral, a panleucopenia felina (conhecida como cinomose felina) também figura como uma ameaça silenciosa. "A vacinação é uma forma eficaz de prevenção de doenças. O problema é que negligenciam esse cuidado e só buscam ajuda quando o animal já está em estágio crítico", comenta a professora.
Ela diz que a função preventiva da vacina acaba sendo de baixo custo quando comparada ao atendimento veterinário de suporte, caso o animal fique doente. "Nesses casos, além da consulta, serão necessários exames, medicamentos, internação e, em alguns casos, UTI veterinária. O tratamento pode ser longo, oneroso e sem garantias de sucesso."
Campanhas públicas de vacinação gratuita contra a raiva, por exemplo, são comuns em algumas cidades, mas outras imunizações essenciais ficam de fora do radar de muitas famílias. "Apesar das dificuldades, vacinar será sempre mais seguro e menos oneroso", afirma a médica veterinária e professora do UniCuritiba.
Os protocolos, continua Ana Elisa, devem ser individualizados, pois existem orientações que variam de acordo com idade, raça, espécie, estilo de vida e condição de saúde dos animais.
Para ajudar os responsáveis a organizarem o esquema vacinal de seus pets, o médico veterinário Luís Felipe Kühl, professor e responsável técnico da Clínica Escola de Medicina Veterinária do UniCuritiba, lista as vacinas indispensáveis para cães e gatos. "Vacinar é um gesto de amor e de responsabilidade", diz.
Para cães
● Polivalente: conhecida popularmente como V8 ou V10, protege contra diversas doenças, incluindo cinomose, parvovirose, leptospirose, entre outras. Ela pode ser aplicada a partir dos 42 dias de vida e, geralmente, requer três a quatro doses, que devem ser completadas depois de quatro meses de idade. Após essa fase inicial, o reforço é anual. Também existe a vacina bivalente, que oferece proteção contra cinomose e parvovirose. Ela pode ser administrada a partir dos 28 dias de vida, ou seja, já na quarta semana de vida do filhote.
● Antirrábica: obrigatória em muitas regiões e situações. Deve ser aplicada em dose única a partir dos 4 meses de idade, com reforço anual para garantir a proteção contínua.
● Vacina contra o Complexo Respiratório Canino (Tosse dos Canis): recomendada para reforçar a imunidade contra doenças respiratórias. É especialmente indicada para cães que frequentam creches, hotéis, parques ou ambientes com grande circulação de animais.
Para Gatos
● Polivalente: é essencial para a prevenção de doenças comuns nos felinos e está disponível em diferentes versões: a V3 protege contra panleucopenia, rinotraqueíte e calicivirose; a V4 inclui também a clamidiose, e a V5 oferece proteção adicional contra a Leucemia Viral Felina (FeLV).
O protocolo vacinal deve ser iniciado ainda nos primeiros meses de vida, com a dose final aplicada após os quatro meses de idade e com o reforço anual. Além disso, existe uma vacina individual contra a Leucemia Viral Felina, que pode ser indicada conforme o estilo de vida e o risco de exposição do animal.
● Antirrábica: assim como em cães, é obrigatória e requer dose anual.
Galeria de mídia desta notícia
Conheça o Guia Expressão e crie sua página na Internet. Baixo investimento e alto poder de conversão.
Clique aqui e solicite!
O Troféu Frutos de Indaiá tem o significado de sucesso e vitória. Uma premiação pelo esforço contínuo e coletivo em direção à excelência.
Confira como foi o Frutos de Indaiá 2022.