Vacinação ajuda Brasil a reduzir mortes por hepatites nos últimos dez anos

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O Brasil registrou uma redução significativa nos índices de mortalidade por hepatites virais na última década. Os dados, divulgados nesta semana no novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, apontam avanços importantes no enfrentamento dessas doenças, especialmente graças à ampliação da cobertura vacinal. A publicação integra as ações do Julho Amarelo, mês voltado à conscientização sobre hepatites.

Entre 2014 e 2024, a taxa de mortalidade por hepatite B caiu pela metade, passando de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes. Já a hepatite C apresentou uma queda ainda mais expressiva: 60% no mesmo período. Em 2024, o índice foi de 0,4 morte por 100 mil habitantes, contra 1 por 100 mil em 2014.

Esses resultados colocam o país em trajetória positiva para alcançar os objetivos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza a eliminação das hepatites virais como problema de saúde pública até 2030. A meta é reduzir em 65% a mortalidade e em 90% a incidência das infecções até o final da próxima década.

Durante o lançamento da campanha nacional para eliminação das hepatites virais, foram destacados os avanços no aumento da vacinação contra hepatite B, principalmente entre recém-nascidos e crianças. A taxa de cobertura, que havia recuado em 2022, voltou a subir e superou os 94% em 2023, demonstrando recuperação nas ações de imunização de base.

O Ministério da Saúde também apresentou uma nova plataforma digital para apoiar estados e municípios na busca ativa de casos e no monitoramento das ações de prevenção e tratamento. A ferramenta deve contribuir para mapear regiões com maiores desafios e orientar estratégias locais mais eficazes.

A campanha lançada neste mês, com o slogan “Um Teste Pode Mudar Tudo”, busca reforçar a importância da testagem precoce, da vacinação e do tratamento das hepatites. As ações de conscientização seguem alinhadas ao Programa Brasil Saudável, com foco na eliminação das hepatites virais até 2030 como um compromisso nacional com a saúde pública.