Publicado em 15/08/2025 às 15h46 Jaguariúna Saúde
Primeiros Laços foi lançado oficialmente em Jaguariúna
Foto: Igor Carreira/Divulgação UniFAJ
O Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) e o Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM), em parceria com a Secretaria da Saúde, deram início ao “Primeiros Laços”, um programa que visa oferecer acompanhamento domiciliar gratuito para adolescentes que estão na sua primeira gravidez, com idade entre 14 e 24 anos e até 20 semanas de gestação. O programa, que já é promovido em Indaiatuba, foi lançado oficialmente em Jaguariúna na tarde de quinta-feira (14), durante cerimônia no auditório da UniFAJ.
O Primeiros Laços busca diminuir o sofrimento emocional pré e pós-parto das gestantes, melhorar desfechos relacionados à saúde, desenvolver habilidades parentais, proporcionar maior sensibilidade e responsividade às necessidades dos filhos, fortalecer os laços afetivos, além de melhorar o desenvolvimento físico, social e cognitivo dos bebês.
“O projeto tem por objetivo fortalecer esse vínculo entre a mãe e o bebê, proporcionando à criança um desenvolvimento infantil adequado e com qualidade”, salienta a gestora do curso de Enfermagem da UniFAJ e Supervisora do Primeiros Laços em Jaguariúna, professora Adriana Tebaldi. “Para nossos alunos, o programa surge como grande oportunidade de experiência junto à atenção primária e na área de pesquisa, pois poderão adquirir um conhecimento aprofundado sobre gestação na adolescência e desenvolvimento infantil.”
Durante o programa, as visitas domiciliares ocorrem desde o período de gestação até os 2 anos de idade da criança. Cada participante recebe um total de 38 visitas - 13 durante a gestação, três no puerpério, 12 quando o bebê tem entre 2 e 12 meses e 10 entre o primeiro e o segundo ano de vida da criança. A duração de cada acompanhamento varia de 40 a 60 minutos e podem ser quinzenais ou mensais, a depender da idade do bebê.
Nas visitas, as enfermeiras orientam as mães de primeira viagem sobre a preparação para o parto e a rotina que terão com o bebê após o nascimento, ensinando-as a trocar fraldas, dar banho, amamentar, entre outras atividades práticas.
“A partir de agora, com o oferecimento das visitas domiciliares às jovens gestantes, teremos um ganho significativo na assistência a gestantes em situação de vulnerabilidade social, com repercussões positivas na saúde mental e no desenvolvimento infantil”, explica o gestor do programa Primeiros Laços, Vinícius Nagy Soares.
Para ingressar no “Primeiros Laços”, jovens gestantes moradoras de Jaguariúna devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. As interessadas também podem contatar a equipe do programa para tirar dúvidas pelo WhatsApp (19) 9.9568-8845 ou via e-mail [email protected]. O projeto possui, ainda, uma página no Instagram com mais informações: @primeiroslacos_.
“Temos o privilégio de ter hoje a UniFAJ e a UniMAX como as únicas instituições de ensino privado a participar desse projeto, que é tão importante para a população de Jaguariúna. É a inovação e a pesquisa trazendo soluções para a comunidade, em uma área que cada vez mais demanda esse tipo de atenção, principalmente para a saúde mental dessas jovens mães, que muitas vezes não se sentem preparadas para esse momento tão importante em suas vidas”, salienta o diretor-geral da UniFAJ, professor Flávio Pacetta.
Jaguariúna é a 2ª cidade da RMC a receber o Primeiros Laços
A cidade de Jaguariúna é a segunda cidade da RMC a receber o programa Primeiros Laços. Em julho do ano passado, a ação foi iniciada em Indaiatuba, a partir da parceria entre CISM, o Centro Universitário Max Planck (UniMAX) e a Secretaria da Saúde do Município.
Em Indaiatuba, o Primeiros Laços já realizou 231 visitas domiciliares a jovens gestantes. Atualmente são atendidas 45 participantes ativas –, sendo 25 do grupo de intervenção (que recebem a visita das enfermeiras) e 20 do grupo de controle (que não recebem visita). Houve o acompanhamento ainda de 24 bebês (16 intervenções e 8 controles) e quatro avaliações de desenvolvimento infantil foram realizadas em bebês que já têm 6 meses de vida. Também já foram aplicadas 106 baterias de testes emocionais.
Crédito da imagem: Divulgação CISM
O “Primeiros Laços” surgiu a partir da compreensão de que a gestação em idades precoces é um fator de risco psicossocial importante para o desenvolvimento da criança e da mãe. A primeira “onda” aconteceu na cidade de São Paulo e foi concluída em 2018. Os resultados coletados no período tiveram publicações em revistas científicas e indicaram melhora, em relação à maternidade, entre as participantes que receberam a intervenção das visitas domiciliares das enfermeiras - saiba mais neste estudo.
Dados anteriores coletados pelos pesquisadores comprovaram o efeito do programa sobre importantes domínios do desenvolvimento infantil, como a linguagem expressiva e a motricidade grossa. As mães passaram, por exemplo, a desenvolver o hábito de contar histórias ou cantar para a criança, e seus filhos estabeleceram uma relação de maior confiança com elas. Aos 2 anos, também já se expressavam melhor, apontando objetos e falando.
A pesquisadora do CISM, Lislaine Aparecida Fracolli, explicou que o programa é inspirado em um modelo americano, o Family Nursing Partnership, que resultou na melhora do “capital humano” dos participantes. "As crianças submetidas ao programa tiveram melhores habilidades cognitivas e sociais, prontidão e desenvolvimento linguístico", destaca a também professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP). Em sua apresentação no evento de lançamento, Lislaine comentou sobre a importância do programa para a fase da primeira infância.
Como reconhecimento de seu potencial e efetividade, o “Primeiros Laços” venceu o prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica, na categoria “Inovação em Medicina Social”, em 2018. A honraria busca descobrir, reconhecer e valorizar profissionais e instituições que fazem a diferença nas ciências médicas e nas boas práticas de saúde no país.
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Sobre UniFAJ e UniMAX
Com 26 anos de atuação e mais de 10 mil alunos formados, o Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) e o Centro Universitário Max Planck (UniMAX), ambos do Grupo UniEduK, são instituições reconhecidas pelo MEC com nota máxima (5). São mais de 50 cursos nas áreas de Saúde, Humanas, Exatas, Tecnologia e Agronegócio, distribuídos entre 8 campi nas cidades de Jaguariúna e Indaiatuba, no interior de São Paulo. A estrutura inclui hospitais veterinários, centros de especialidades médicas, clínicas médicas e laboratórios modernos. O modelo de ensino é baseado em metodologias ativas de aprendizado e os cursos presenciais contam com pelo menos 50% de aulas práticas desde o início, além de certificações intermediárias nas modalidades EAD, extensão, pós-graduação e MBA.
Sobre o CISM
Ligado ao Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), o Centro de Pesquisa e Inovação em Saúde Mental (CISM) atua com o propósito de avançar e disseminar o conhecimento sobre saúde mental no Brasil a partir de intervenções inovadoras que melhoram o bem-estar das comunidades. Todas as iniciativas do Centro de Pesquisa só são possíveis graças ao apoio de seus financiadores, que incluem a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Banco Industrial do Brasil (BIB). O CISM conta, ainda, com a parceria do Grupo UniEduK, composto pelos centros universitários Max Planck (UniMAX Indaiatuba) e de Jaguariúna (UniFAJ), com professores e estudantes integrando diversos projetos. Além disso, o CISM possui parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
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