Publicado em 15/05/2025 às 10h51 atualizado em 15/05/2025 às 10h52 - Indaiatuba Saúde
Foto: Divulgação
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que cerca de 7 mil novos casos de câncer de ovário são diagnosticados anualmente no Brasil. É a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero. O câncer de ovário é grave e gera grande preocupação, pois possui baixa taxa de sobrevida em comparação com outros tipos de câncer.
Por não causar sintomas iniciais e pela falta de um método de rastreamento eficaz, geralmente o diagnóstico acontece somente em estágios avançados da doença, diminuindo drasticamente a chance de cura. Atualmente, cerca de 67% dos casos são diagnosticados em estágios avançados. Estima-se que, nos casos graves em que a paciente não responde ao tratamento tradicional, a sobrevida pode ser de apenas 6 meses a 1 ano.
Felizmente, inovações farmacêuticas estão mudando esse cenário, permitindo um aumento significativo da taxa de cura, mesmo nos casos mais graves. Foi desenvolvido um novo medicamento, o Olaparibe, que está promovendo uma mudança de paradigma no tratamento do câncer de ovário. Estudos recentes mostram uma redução de 70% no risco de progressão da doença ou morte, quando usado esse medicamento no tratamento.
No Brasil, o Olaparibe foi incluído no rol de procedimentos de cobertura obrigatória pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No entanto, o medicamento ainda não é disponibilizado pelo SUS. Mas esse cenário pode começar a mudar.
O Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti, o CAISM, que atende pacientes de todo o estado de São Paulo, começará em breve a ofertar esse tratamento gratuitamente pelo SUS. Os recursos para a compra do medicamento estão sendo viabilizados graças a uma emenda do Deputado Estadual Ricardo França, que destinou mais de meio milhão para que o Hospital efetue a compra.
“Um medicamento que salva a vida de uma pessoa não pode ter seu acesso limitado à condição financeira do paciente. Conquistei um recurso fundamental para que o CAISM seja o primeiro hospital do país a fornecer o medicamento gratuitamente pelo SUS. Com esse recurso do meu mandato, será possível comprar o medicamento e oferecer a pacientes que estão em estado mais grave”, disse Ricardo França.
O uso do medicamento é indicado em diversos países, como Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Itália e Reino Unido. Na Austrália, o Pharmaceutical Benefits Advisory Committee (PBAC) recomendou que o medicamento seja subsidiado pelo governo. No Brasil, o medicamento é aprovado pela Anvisa, mas as pacientes ainda não têm o acesso garantido de forma gratuita.
“A saúde pública é uma das prioridades do meu mandato. Sei que é preciso investimento público nessa área, por isso destino recursos para vários hospitais de referência do Estado de São Paulo. Espero que esse recurso para o CAISM seja um pontapé inicial para que o acesso ao Olaparibe se amplie em todo o país, salvando vidas”, concluiu o Deputado.
Os Deputados Estaduais podem definir a destinação de parte do orçamento estadual através de emendas parlamentares, que podem ser enviadas diretamente para órgãos/entidades da Administração Pública Estadual, Federal ou Municipal. Os recursos destinados por Ricardo França ao CAISM já foram transferidos, o Hospital informou que a compra do medicamento está em processo e que o objetivo é iniciar o novo tratamento com as pacientes ainda este ano.
Galeria de mídia desta notícia
Conheça o Guia Expressão e crie sua página na Internet. Baixo investimento e alto poder de conversão.
Clique aqui e solicite!
O Troféu Frutos de Indaiá tem o significado de sucesso e vitória. Uma premiação pelo esforço contínuo e coletivo em direção à excelência.
Confira como foi o Frutos de Indaiá 2022.