Publicado em 04/06/2021 às 14h29 Indaiatuba Saúde
O maior objetivo da Terapia Ocupacional é conseguir aumentar a autonomia das pessoas com alguma deficiência
Foto: Clínica Matheus Alvarez
Bárbara Garcia
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A terapeuta ocupacional Caroline de Almeida Carvalho atualmente tem o cargo de coordenadora de uma equipe de profissionais de Terapia Ocupacional. Ela conta que a T. O é uma graduação na área da Saúde que tem duração de quatro anos, sendo compreendida como uma profissão “do fazer humano”, voltada para dar qualidade de vida para quem foi prejudicado em suas ocupações humanas.
“Atendemos pessoas com uma deficiência temporária ou permanente. São alterações motoras, sensoriais ou cognitivas que podem afetar as atividades do dia a dia. O maior objetivo é conseguir aumentar a autonomia dos pacientes, em qualquer fase da vida”.
O trabalho consiste em criar condições para a pessoa desenvolver as Atividades da Vida Diária (AVDs), que envolvem cuidados e tarefas simples como escovar os dentes, se vestir, lavar o rosto, tomar banho e outras, e ainda as Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs), aquelas que necessitam do auxílio de outras pessoas, como limpar a casa, interagir ao telefone, preparar um alimento, entre outras.
Os terapeutas ocupacionais têm a função de fazer o desfralde das crianças menores, auxiliar na aplicação o treino ABA – sigla em inglês para a abordagem da Análise do Comportamento Aplicada – identificando quais são os atrasos no desenvolvimento sensorial das crianças, e utilizam também a Sala de Integração Sensorial.
“É uma sala com diversos equipamentos suspensos, que deixam os pais das crianças encantados quando a veem, mas é preciso ter treinamento específico para lidar com as crianças na sala, pois corre o risco de ficarem super- estimuladas”. Ela conta que é possível fazer com que a criança não apresente comportamentos aversivos como gritar, correr, bater a cabeça, chorar, ficar irritada, além de proporcionar melhora na coordenação motora, controle postural, e outras habilidades importantes.
A Sala é baseada na Teoria de Integração Sensorial, proposta inicialmente na década de 1970, pela pesquisadora estadunidense Ayres, que percebeu e comprovou em seus estudos científicos que as alterações no desenvolvimento das crianças vinham, muitas vezes, de disfunções sensoriais.
Através de estímulos perceptivos e táteis que são obtidos através dos equipamentos suspensos, é possível melhorar os níveis de atenção, atividade e aprendizado de crianças com diversos diagnósticos como Transtorno do Espectro Autista (TEA), paralisia cerebral em diversos níveis, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e outras deficiências. Caroline conta que em crianças autistas, entre 60% e 90% delas apresentam alterações sensoriais, sendo que em oito anos de formada, todos os seus pacientes apresentaram essa condição.
“Muitas mães reclamam que não conseguem ir ao shopping porque a criança não suporta barulhos, ou que não conseguem escovar os dentes, por não aceitarem uma textura nova na boca. Todas essas condições podem ser trabalhadas e melhoradas na Sala de Integração Sensorial”, explica a especialista.
Caroline possui Certificação Internacional de Integração Sensorial, um curso considerado bastante caro e administrado poucas vezes por ano no Brasil. “Conheço poucos profissionais com esse curso no currículo, mas dou treinamento para outros terapeutas ocupacionais que pretendem atuar na Sala, e também faço supervisão”.
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