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SUS passa a oferecer dois novos tratamentos hormonais para mulheres com endometriose

DIU com levonorgestrel e desogestrel foram incorporados à rede pública após pedido da Conitec

 Publicado em  10/07/2025 às 12h43  Brasil  Saúde


Foto: Divulgação

O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de incorporar duas novas opções terapêuticas para mulheres diagnosticadas com endometriose: o DIU com liberação de levonorgestrel (DIU-LNG) e o desogestrel, um anticoncepcional hormonal. Ambos foram recomendados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e, segundo o Ministério da Saúde, representam um avanço no cuidado oferecido na rede pública.

A endometriose é uma condição inflamatória crônica que provoca o crescimento do tecido semelhante ao endométrio fora do útero, atingindo frequentemente ovários, intestinos e bexiga. Os principais sintomas incluem cólicas menstruais intensas, dor pélvica contínua, desconforto durante as relações sexuais, dificuldade para engravidar e alterações intestinais ou urinárias cíclicas. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 10% das mulheres em idade fértil no mundo convivem com a doença, o que representa mais de 190 milhões de pessoas — muitas delas ainda sem diagnóstico.

Entre as novas alternativas disponíveis, o DIU-LNG atua inibindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero e pode ser especialmente útil para pacientes que não podem usar anticoncepcionais combinados. Por ser de longa duração — com necessidade de troca apenas a cada cinco anos —, a tecnologia pode contribuir para o aumento da adesão ao tratamento.

Já o desogestrel poderá ser indicado como primeira abordagem clínica, mesmo antes da confirmação diagnóstica por exames, de acordo com o Ministério da Saúde. Ele age ao bloquear a atividade hormonal responsável pelo desenvolvimento da endometriose, sendo capaz de aliviar dores e conter o avanço da doença.

Para que as duas opções sejam ofertadas na rede pública, ainda é necessária a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose, conforme explicou a pasta.

O número de atendimentos relacionados à endometriose no SUS tem crescido. A atenção primária registrou aumento de 30% entre 2022 e 2024, passando de 115 mil para quase 145 mil atendimentos. Já nos serviços especializados, o salto foi de 70%, e as internações pela doença subiram 32% no mesmo período.

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