Sew-Eurodrive Brasil cresce neste ano 20% mais e vai investir R$ 450 mi

A Sew-Eurodrive Brasil, multinacional com unidade em Indaiatuba, que cresceu mais que o mercado
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Da Redação

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A Sew-Eurodrive Brasil, multinacional com unidade em Indaiatuba, fecha o ano com boas perspectivas, pois, apesar de o mercado do seu segmento de máquinas e equipamentos ter sofrido queda em 2022, cerca de 3%, a empresa registrou crescimento de 20% em relação ao faturamento de 2021.

Além disso, a Eurodrive anuncia um investimento de R$ 450 milhões para sustentar o crescimento ao longo dos próximos cinco anos. Os investimentos serão em diversas ações, a maior parte delas ligadas à produção e à sofisticação tecnológica de seus produtos, sendo que a unidade de Indaiatuba deverá ser uma das mais beneficiadas no plano de aportes.

Em seu faturamento, a empresa registrou aumento na venda de equipamentos, principalmente motoredutores e motores elétricos, redutores industriais, redutores planetários, componentes eletrônicos e prestação de serviços associados. As exportações também cresceram em 2022, ainda que a uma taxa de câmbio média menor em 2022.

O desempenho se mede por alguns números já consolidados entre janeiro e setembro. Nos primeiros nove meses deste ano, a fabricante faturou R$ 1,07 bilhão, enquanto no mesmo período de 2021 este número havia sido de R$ 895 milhões.

Ao todo, a empresa tem seus principais negócios nos mercados agro, alimentício, metalúrgico, mineração, máquinas-ferramenta, açúcar e álcool, energia, siderúrgico, automobilístico, serviços e papel e celulose.  

O faturamento da Sew-Eurodrive Brasil junto ao agronegócio cresceu com o setor: entre janeiro e setembro de 2022, a empresa vendeu para clientes do agro 24,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. Especificamente junto ao setor de açúcar e álcool, faturou no período 151% mais que no mesmo período do ano passado.

Na mineração, os produtos Sew tiveram resultado 21,5% maior nos nove primeiros meses deste ano na comparação com o que ocorreu no mesmo período de 2021. 

Para a indústria de energia, a Sew vendeu no período analisado 50% a mais em 2022 do que em 2021. 

Para o diretor geral para o Brasil e a América Latina da Sew-Eurodrive, Alexandre Reis, o último trimestre vai manter o desempenho de janeiro a setembro, o que leva a prever um faturamento em 2022 da ordem de R$ 1,5 bilhão.

“Em mercados que estão crescendo, nossa participação cresceu igual ou ainda mais, como no agro, mineração e energia. Em mercados que não cresceram, como a indústria alimentícia, nós registramos crescimento de participação em cima da concorrência. Em vários casos, substituímos produtos importados com aqueles fabricados na Sew de Indaiatuba”, diz Alexandre.

Indaiatuba produzirá robôs para transporte logístico

A Sew-Eurodrive Brasil vai investir R$ 450 milhões em diversas ações que deverão sustentar o crescimento ao longo dos próximos cinco anos. A maior parte delas ligadas à produção e à sofisticação tecnológica de seus produtos.

Em Indaiatuba, a unidade será uma das mais beneficiadas com investimentos direcionados à produção de componentes para automação industrial, alargando as possibilidades da indústria 4.0 no Brasil. As filiais com operação de montadora que a empresa mantém em Rio Claro (SP) e Joinville (SC) serão ampliadas neste ciclo de investimentos.

Além disso, já está certa a produção local de veículos autônomos de logística AGV, a partir de 2023. Os AGV são robôs de transporte logístico que deverão cada vez mais substituir as empilhadeiras em fábricas e centros de logística. Com tecnologia própria desenvolvida na filial brasileira, a Sew-Eurodrive será a única empresa no país a produzir localmente estes itens.

“O paradigma industrial de hoje exige a flexibilidade dos sistemas de automação da indústria 4.0. O mercado está pedindo isso, e é exatamente aí que nossa fábrica de Indaiatuba está fazendo diferença. Depois de completar em 2022 um ciclo de investimentos de R$ 300 milhões, estamos anunciando novos R$ 450 milhões para atender esta demanda. É um benefício para todos: fornecedores, clientes e para a economia brasileira como um todo”, comenta Alexandre Reis, diretor geral para o Brasil e a América Latina.