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Setor de carros usados fecha 2021 com 17,8% mais vendas que 2020

Relatório divulgado pela Fenauto mostra que o número de negócios passou de 15 mil no ano passado

 Publicado em  28/01/2022 às 08h49  atualizado em 29/03/2022 às 16h18 - Brasil  Autos


Denise Katahira
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A Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), entidade que representa o setor de lojistas multimarcas de veículos seminovos e usados, divulgou no último dia 14 as estatísticas referentes às vendas: em 2021, o total de carros comercializados foi de 15.106.724 unidades, resultado 17,8% superior ao verificado em 2020.

Somente no mês de dezembro de 2021 foram comercializados 1.201.600 veículos, contra 1.165.436, em novembro, resultando em um aumento de 3,1%.

Apesar de prever um progressivo retorno à normalidade, a Fenauto ressalta que o aumento dos compromissos com impostos e outras despesas comuns no começo de ano, deve influenciar e fazer oscilar os índices de confiança do consumidor na economia, o que pode afetar as vendas neste princípio de 2022.

Boas vendas

Para Jocimar Martins, gerente da Martini Veículos, uma das grandes revendas de Indaiatuba, as vendas neste mês estão abaixo do esperado.

“O mercado está aquecido, porém começo de ano, com as férias escolares e os impostos que vencem neste mês, as vendas estão quase paradas”, disse.

Mas ele acredita que as vendas de usados ainda continuarão em alta, pois o valor dos carros 0 KM continua alto. “O que tenho observado é que o preço do carro zero tem subido todo mês em média de 2% a 3% e os usados tem acompanhado esse aumento”, conta.

É a lei da oferta e da procura que manda no mercado. “A demanda em geral está aquecida, mas o que acontece é que o carro zero está com preço muito alto e a compra do usado acaba sendo a opção de muitos. Mas o usado está escasso no mercado também, o que gera valorização”, explica Martins.

O gerente também enfatiza que as taxas de juros têm sido a grande vilã. “Resumindo, o nosso dinheiro está perdendo valor e a gente não está conseguindo repor o poder de compra. Assim como meus colegas do ramo, antes eu tinha capital para comprar 12 carros por estoque. Hoje conseguimos comprar 8 com o mesmo capital”, disse. “Nosso dinheiro não está acompanhando a inflação e os aumentos que tiveram”, lamenta Martins.

Por que os preços subiram tanto?

A plataforma CupomValido.com.br registra que a alta dos preços dos automóveis está relacionada a diversos fatores.  O primeiro é a pandemia, que paralisou a montagem de veículos por alguns meses. Mais recentemente, a indústria sofreu com a escassez de componentes eletrônicos.

Esses dois fatores fizeram com que os preços dos veículos aumentassem no mundo todo. Porém, aqui no Brasil houve um fator adicional que contribuiu ainda mais para a subida dos preços.

Como o real se desvalorizou perante o dólar nos últimos meses, isto fez com que o preço da importação das peças e componentes para a fabricação dos automóveis também fosse encarecido, o que fez com que os brasileiros tivessem um aumento ainda maior que em outros países.

Carro zero custa equivalente a 40 salários-mínimos

Levantamento da consultoria Jato Dynamics, feito a pedido do Estadão/Broadcast, revela que hoje não se adquire um carro zero quilômetro por menos de 40 salários-mínimos.

Isso porque o salário-mínimo, com alta de 27%, não conseguiu acompanhar o salto três vezes maior no período (83%) do preço do carro mais barato do mercado – hoje, o subcompacto Kwid, da Renault, que custa R$ 48,8 mil.

Há quatro anos, 28 salários-mínimos eram suficientes para comprar um automóvel.

 

 

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