Saúde confirma registro na cidade do 1º caso da variante Kraken da Covid

Representação científica da nova variante da Covid-19 registrada em Indaiatuba
Foto: Reprodução

Bárbara Garcia

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A Prefeitura de Indaiatuba admitiu, no dia 5 de janeiro, a ocorrência do primeiro caso na cidade da nova variante da Covid-19, a Kraken. Esse é o primeiro caso da variante no Brasil. O caso ocorreu em novembro do ano passado, mas a informação foi divulgada por meio de nota agora no início deste mês.

A paciente tem 54 anos, possui histórico de viagem ao exterior, relatou sintomas leves de gripe, fez isolamento domiciliar e teve alta no mesmo mês. Os familiares que tiveram contato com ela não apresentaram sintomas.

Desde então, a cidade não detectou nenhum aumento de casos ou novas internações. A Prefeitura reitera a importância da tomada das doses de reforço das vacinas. Elas estão disponíveis em todas as unidades de saúde, de segunda a sexta, das 7h30 às 16h30.

Médico diz que as variantes são mais transmissíveis

O infectologista e mestre em doenças infecciosas pela UFPR (Universidade Federal do Paraná),  , explica que é comum surgirem novas variante de vírus respiratórios, como o da Covid. “É como o que acontece com o vírus da gripe, que necessita de novas vacinas adaptadas conforme as cepas vão mudando naquele momento”.

De acordo com ele, as novas variantes vão se tornando cada vez mais transmissíveis, já que a cobertura vacinal aumenta e o vírus “vê como vantagem” ser passado adiante para diminuir, como consequência, o efeito da cobertura vacinal.

Por causa dessa diminuição é que ocorrem as ondas de contaminação de tempos em tempos. Segundo o médico, a boa notícia é que apesar do aumento de casos, a gravidade e o número de óbitos é mais resiliente, como se está observando.

Kraken já está presente em 29 países

A variante Kraken já foi detectada em 29 países e a OMS (Organização Mundial da Saúde) diz estar atenta.

Há muitos casos na Europa e nos Estados Unidos, onde 40% dos casos são da variante Kraken, 20% a mais desde a virada do ano.

A Kraken está aumentando na Europa e nos Estados Unidos, foi identificada em mais de 25 países, e a OMS está monitorando de perto", disse o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Professor da Universidade Feevale, o virologista Fernando Spilki disse que a variante "mãe" da Kraken, a XBB, surgiu muito provavelmente na Ásia, onde causou recrudescimento de casos no outono.