Publicado em 21/07/2025 às 09h13 Indaiatuba Cidades
Secom/PMI
Foto: Armadilhas e aplicação de larvicidas são ferramentas usadas no combate a dengue
[ATUALIZAÇÃO em 21 de julho, às 9 horas]
Com mais dois óbitos por Dengue confirmados no dia 18 de julho, Indaiatuba chegou a 23 mortes pela doença nos primeiros seis meses de 2025. Em 2024, uma morte foi registrada ao longo de todo ano. Quais motivos levaram a um aumento tão significativo? O Mais Expressão procurou a Secretaria Municipal de Saúde para elucidar a questão e saber quais medidas estão sendo tomadas para os próximos meses.
Segundo dados oficiais do Painel de Arboviroses da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, em 2024 Indaiatuba registrou 5.475 casos prováveis de dengue, sendo que 5.465 foram confirmados. Deste total, 44 possuíam sinais de alarme e quatro foram graves. Um óbito foi confirmado.
Em 2025, até a tarde desta quinta-feira, 17 de julho, o mesmo painel apontava 11.417 casos prováveis em Indaiatuba, sendo 10.367 confirmados, com 340 deles com sinais de alarme e 105 casos graves. Outros 1.050 casos seguem em investigação. Além disso, 21 óbitos foram registrados e um óbito segue em investigação.
O Mais Expressão procurou a Secretaria Municipal de Saúde e questionou as razões para o aumento no número de casos e de óbitos envolvendo a doença causada pelo Aedes aegypti. Em nota, a pasta respondeu que “o aumento de casos e óbitos por dengue em 2025 não foi uma realidade exclusiva de Indaiatuba, mas registrada em diversas regiões do Brasil”.
Fatores epidemiológicos e ambientais, além das condições climáticas, são alguns dos apontamentos realizados. “Esse crescimento está relacionado a fatores epidemiológicos e ambientais, como a reintrodução do sorotipo DENV-3, que elevou o número de casos graves, especialmente entre pessoas que já tiveram dengue por outro sorotipo”, destaca a pasta. “Além disso, as condições climáticas - com altas temperaturas e chuvas intensas nos primeiros meses do ano - favoreceram a proliferação do Aedes aegypti”.
Prevenção
Em resposta ao aumento nos casos de dengue, a Secretaria de Saúde destaca ter adotado diversas medidas preventivas e assistenciais. “Ainda em 2024, foi elaborado o Plano Municipal de Contingência da Dengue, com foco na redução da infestação, da letalidade e na organização do atendimento. Houve ampliação e capacitação das equipes das Unidades Básicas de Saúde, expansão do horário de atendimento em unidades estratégicas, instalação de salas de hidratação, intensificação das ações de campo, como visitas casa a casa, uso de armadilhas, nebulização e aplicação de larvicidas”.
Tecnologias como a telemedicina e o Minha Indaiatuba – Dengue foram outras ferramentas empregadas na prevenção e combate à doença. “Também foram disponibilizados o atendimento por telemedicina, o sistema Minha Indaiatuba – Dengue, o telemonitoramento em parceria com a UniMAX e a ampliação da estrutura na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital Dia”, destaca a Secretaria de Saúde.
Por fim, a pasta ressalta as ações de cunho educacional, relembrando que também foram realizadas “ações de educação e prevenção nas escolas, distribuição de repelente para gestantes e idosos e ampliação do acesso à vacinação, inclusive contra a dengue, que também fizeram parte do esforço”.
Na última semana, o Centro de Operações Contra a Dengue iniciou a instalação de armadilhas em diferentes pontos da cidade para capturar mosquitos adultos e identificar, por meio de testes laboratoriais, a presença dos vírus dos quatro sorotipos da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. A ação integra o planejamento da pré-temporada de combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A detecção prévia da circulação dos vírus, antes mesmo que apareçam casos em pessoas, permite à equipe de saúde agir com mais rapidez e eficiência no controle do mosquito. A coleta dos insetos é feita semanalmente e as amostras são enviadas para análise utilizando a técnica chamada PCR em tempo real, que identifica se o mosquito está infectado.
Esse tipo de monitoramento já foi testado no Jardim João Pioli e agora segue para Jardim Brasil e Carlos Aldrovandi. As armadilhas capturam fêmeas para ovoposição com atrativo de levedo de cerveja e possuem uma ventoinha que prende o mosquito por sucção.
A peça também conta com uma tampa mecânica que fecha o bocal da armadilha caso acabe a energia. As armadilhas serão monitoradas semanalmente e os mosquitos capturados são congelados e enviados para laboratório contratado em Minas Gerais, onde as amostras são processadas e os resultados são divulgados em menos de cinco dias. Até dezembro, a previsão é instalar 90 armadilhas em locais estratégicos, sendo 60 até agosto.
2025
Casos Prováveis – 11.417
Casos Confirmados – 10.367 (340 com sinais de alarme e 105 casos graves)
Em Investigação – 1.050
Óbitos – 23 (atualizado em 18 de julho)
Óbitos em Investigação – 1
2024
Casos Prováveis – 5.475
Casos Confirmados – 5.465 (44 com sinais de alarme e 4 casos graves)
Óbitos – 1
* Fonte: Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES) - https://nies.saude.sp.gov.br/ses/publico/dengue
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