Publicado em 03/10/2024 às 12h03 Salto Cidades
O Brasil abriga cerca de 400 espécies de abelhas nativas sem ferrão
Foto: Divulgação
A cidade de Salto ganhou um importante reforço na proteção ambiental com a inauguração do Meliponário Municipal Rocha Moutonnée, um espaço dedicado à preservação das abelhas nativas sem ferrão. Além de atuar como refúgio seguro para essas abelhas ameaçadas, o meliponário se consolida como um centro de educação ambiental, proporcionando ao público a oportunidade de aprender sobre a importância das abelhas para a biodiversidade e para a agricultura.
As abelhas nativas, embora conhecidas pela produção de mel, têm um papel ainda mais significativo, são fundamentais no processo de polinização, garantindo a reprodução de diversas plantas e, consequentemente, a manutenção dos ecossistemas e a produção de alimentos. A bióloga Bárbara Maia, que trabalha no projeto, ressalta o papel insubstituível dessas espécies. "As abelhas são polinizadoras vitais para muitas culturas agrícolas e plantas silvestres. Elas não apenas produzem mel, mas são responsáveis pela polinização de inúmeras plantas, garantindo a reprodução de espécies vegetais e a produção de alimentos. É importante que todos tenham consciência de se preservar as abelhas nativas para a saúde do nosso planeta e nossa sobrevivência."
Desafios para a conservação das abelhas nativas
Nos últimos anos, a população de abelhas em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil, tem diminuído de forma alarmante. Essa queda populacional é atribuída a vários fatores, como o desmatamento, o uso indiscriminado de agrotóxicos, a monocultura e as mudanças climáticas, que afetam diretamente o habitat e as fontes de alimento dessas abelhas.
O meliponário surgiu como uma resposta a essa crise ambiental. As abelhas que hoje vivem nas 15 colmeias inseridas no local, foram resgatadas de áreas urbanas onde corriam risco. Segundo o Secretário de Meio Ambiente de Salto, Vanderlei Ribeiro, sempre que engenheiros ambientais identificam a presença de abelhas durante a avaliação de pedidos de corte de árvores, uma equipe é acionada para realizar o resgate seguro dessas colônias. “Quando detectamos a presença de abelhas nativas nas árvores que precisam ser removidas ou podadas, a empresa CSO, com apoio dos biólogos da Secretaria de Meio Ambiente, realiza o resgate com segurança. Essas colônias são transferidas para o meliponário, que agora funciona como um abrigo definitivo, garantindo que as abelhas sejam preservadas em um ambiente adequado para o seu desenvolvimento”.
Educação ambiental
O Meliponário Municipal Rocha Moutonnée será também um centro de educação ambiental, com atividades voltadas para a conscientização do público. Crianças, jovens e adultos poderão aprender sobre a biologia das abelhas, seu papel na polinização e a importância de práticas de conservação.
"O meliponário estará aberto a visitas escolares e de crianças, que poderão entender desde cedo a relevância das abelhas para o equilíbrio dos ecossistemas. Queremos mostrar que proteger essas abelhas é proteger o nosso futuro”, destaca Vanderlei Ribeiro.
O turismo também é impactado positivamente pela criação do meliponário. Warderley Rigolin, Secretário de Turismo, aponta que o Parque Rocha Moutonnée, onde o meliponário está localizado, já é uma das principais atrações da cidade, tendo recebido quase 300 mil visitantes desde a reforma.
Com o novo espaço, a expectativa é que o número de visitantes cresça ainda mais, consolidando Salto como um destino para o turismo ecológico e educacional.
"O Parque Rocha Moutonnée já é um ponto de visitação muito importante para Salto, e agora, com o meliponário, oferecemos uma nova experiência aos nossos visitantes. Este espaço não é apenas para observação, mas para conscientização sobre a conservação ambiental. Queremos que as pessoas saiam daqui entendendo a importância das abelhas e como elas são fundamentais para o equilíbrio da natureza”, afirma Warderley Rigolin.
Visitação e funcionamento
O Meliponário Municipal Rocha Moutonnée segue o horário de funcionamento do parque: de terça a domingo, das 8h30 às 16h30, com entrada gratuita. Não é necessário agendamento para visitas individuais, mas grupos escolares e excursões devem agendar previamente através da Secretaria de Turismo pelo e-mail: [email protected].
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