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Protestos nas rodovias suspendem a produção da Toyota em três cidades

Manifestação que pediu a intervenção militar causou também prejuízos ao comércio e revoltas

 Publicado em  04/11/2022 às 10h13  atualizado em 04/11/2022 às 10h14 - Indaiatuba  Política


Rayane Lins

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Os protestos deflagrados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), descontentes com a derrota dele nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo (30), que duraram de segunda (31) a quarta-feira (2), levaram a Toyota, uma das maiores empresas de Indaiatuba, a suspender a produção nas fábricas de Indaiatuba, de Porto Feliz e de Sorocaba, devido à falta de peças e à inviabilidade para o despacho de veículos prontos.

Pedindo intervenção militar, os manifestantes interditaram todo o tráfego nos dois sentidos da Rodovia Santos Dumont, altura do km 47, e na via marginal a ela. A ocupação gerou congestionamentos de até 1,5 km de ambos os lados. A maioria dos motoristas acabou retornando depois que viu que o protesto duraria muito tempo. As manifestações se estenderam por todo o Brasil.

Na quarta-feira, com o endurecimento do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que fixou multa aos manifestantes em R$ 100 mil por hora, ameaçou o diretor geral da Polícia Rodoviária de prisão e liberou as Polícias Militares para atuarem em rodovias federais, houve a desocupação com a aplicação de 4.216 multas, somando um total de R$ 18 milhões (as multas variam entre R$ 5 mil e R$ 17 mil, de acordo com o tipo de infração)  e  37 pessoas foram presas. Os manifestantes rumaram então para a porta dos quartéis e tiros de guerra.

Em Indaiatuba, não houve confronto nem feridos, mas em outras cidades e Estados ocorreram interrupção de atendimento a pacientes, atropelamento de manifestantes e confrontos entre populares revoltados e os manifestantes. Um empresário de 56 anos morreu em Cuiabá, no Mato Grosso, na segunda-feira, após bater em um dos caminhões do protesto. Em Araguaína, no norte do Tocantins, 9 pessoas ficaram feridas.

Além da suspensão da produção na Toyota, os protestos provocaram desabastecimento em supermercados e comércios de Indaiatuba. Até o encerramento desta edição não havia um balanço dos prejuízos, que atingiram também outras empresas. Vários moradores ficaram com medo de desabastecimento e correram para os postos de combustíveis. A maioria deles registrou filas na manhã de terça-feira (1º).  A dificuldade de manter os estoques dos aditivos com tanta demanda levou alguns postos a fecharem e sinalizarem as bombas com cones e placas informando a falta. Porém, a situação começou a se normalizar na manhã de quinta-feira (3).

Reabastecimento de postos começa a se normalizar

O presidente da Recap (Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis de Campinas e Região), Emílio Martins, disse que a situação começou a se normalizar na manhã de quinta-feira (3) com a liberação das rodovias de acesso às refinarias, como a Replan (Refinaria de Paulínia).

“Nós percebemos uma movimentação muito grande de caminhões na madrugada de quinta. Estamos em contato permanente com as distribuidoras de combustível para que esse reabastecimento seja bastante amplo, uniforme e que abasteça toda a rede, para que não tenhamos pontos isolados de desabastecimento. Eu acredito que até o final da semana tudo esteja normalizado”.

Ainda conforme Emílio Martins, o desbloqueio da Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), que dá acesso à Replan, permitiu a retomada da distribuição aos postos.  “O bloqueio nessa via estava impedindo as bases das distribuidoras de entregarem produtos aos postos de gasolina. A gente já vê caminhões de combustíveis abastecendo os postos, que hoje estão secos, a maioria está seca", disse Martins.

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