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Projetos esportivos de Indaiatuba promovem inclusão e qualidade de vida

Cidade investe no esporte como ferramenta de desenvolvimento social.

 Publicado em  04/01/2025 às 16h41  Indaiatuba  Esportes


O novo Centro Esportivo Rei Pelé é o maior núcleo esportivo da cidade

O novo Centro Esportivo Rei Pelé é o maior núcleo esportivo da cidade
Foto: Eliando Figueira RIC/PMI

Por Marcelo Chiconato

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Em anos olímpicos, como foi 2024, a discussão sobre investimento em esportes volta à tona. Os atletas aproveitam o período de exposição para evidenciar a defasagem na área em comparação com países desenvolvidos. A cidade de Indaiatuba, na Região Metropolitana de Campinas, vai na contramão desse modelo, oferecendo uma estrutura exemplar para seus representantes em competições e para a população em geral.

 Atualmente, Indaiatuba conta com 25 núcleos esportivos espalhados pelo município, sendo alguns mais específicos, como a pista de bicicross, ou mais abrangentes, como o Centro Esportivo do Trabalhador. Esses centros beneficiam não só os atletas do Programa de Esporte de Alto Rendimento, mas também os habitantes da cidade, que podem utilizar as estruturas gratuitamente.

Seguindo o propósito de investir no esporte, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Esportes, oferece quatro projetos gratuitos para a população: Esporte Cidadão, voltado para crianças entre 6 e 14 anos, o Juventude Esportiva, para adolescentes entre 15 e 21, Lazer Esportivo, voltado para a terceira idade, e Esporte Social, para a inclusão de pessoas com deficiência ou vulnerabilidade social.

Carro-chefe da casa, o Esporte Cidadão é um dos programas mais antigos da secretaria. Com 21 modalidades, o projeto consegue incluir aulas de esportes que fogem dos tradicionais, como esgrima, skate e beisebol. Para garantir a continuidade das aulas, a Prefeitura disponibiliza os materiais necessários em modalidades individuais aos alunos, como raquetes de tênis de campo e de mesa.

O coordenador do projeto, José Maria Ferraz Filho, destaca que os projetos são políticas públicas para promoção da qualidade de vida e saúde, com o esporte sendo um complemento do desenvolvimento da criança.

Há 8 anos no comando dos programas, Zé Maria destaca os efeitos práticos do Esporte Cidadão e Juventude Esportiva. O acompanhamento realizado pela Secretaria de Esportes observou melhora no comportamento e rendimento escolar dos alunos. Outro resultado observado foi a superação de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, com a adesão aos projetos.

Apesar do caráter educativo, Zé Maria explica que possíveis talentos são monitorados e detectados pelos professores, que informam a secretaria para encaminhamento às equipes competitivas da cidade.

O secretário municipal de esportes Marcos Antônio de Moraes, ou Marquinhos, parafraseou o ex-prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar, para explicar o porquê de o município investir altas quantias na pasta, dizendo que “cada real investido no esporte economiza quatro na saúde”.

Marquinhos enfatiza a organização dos projetos, que antecipam possíveis tendências nas adesões, como após os Jogos Olímpicos de 2024. Sobre isso, ele afirma “nós já estamos preparados para essas demandas. Quando tem uma Rebeca Andrade, como teve a fadinha (Rayssa Leal) no skate, já sabíamos que a procura seria cada vez maior. Temos trabalhado muito com a nossa coordenação para que o esporte ‘não deixe cair a peteca’”.

Zé Maria conta quais são os principais desafios que enfrenta à frente dos programas esportivos. “Hoje, os nossos projetos lutam contra os videogames, as redes sociais, as tecnologias do dia a dia. Nosso projeto não é igual a escola, quando é obrigado a ir, o aluno vem e participa da aula se ele se sentir bem”, afirma.

O coordenador diz que um projeto piloto de ciclismo foi lançado recentemente pela secretaria, utilizando a estrutura do velódromo municipal. Para 2025, as modalidades de xadrez e damas também serão oferecidas. Ele destaca que a grande variedade de modalidades disponíveis permite que as crianças se encontrem mais facilmente. Outra tendência para este ano, na gestão do prefeito Custódio Tavares, é o aumento de vagas para pessoas com deficiências.  

 

Confira o relato de dois ex-alunos do projeto Esporte Cidadão

Comecei no programa Esporte Cidadão quando tinha cerca de seis anos, na modalidade de ginástica olímpica, e permaneci até os 14 anos. Minha paixão pela ginástica começou assistindo TV. Eu lembro de estar na sala com meus pais, assistindo e vendo tudo aquilo, e eu fiquei fascinada, eram movimentos lindos, incríveis. Pouco tempo depois, a minha irmã descobriu que a Prefeitura oferecia aulas da modalidade através do Esporte Cidadão, e foi aí que minha mãe me matriculou imediatamente, comecando a minha trajetória.Eu me recordo que a professora me chamou, chamou a minha mãe, e eles resolveram me colocar em um nível acima. Foi um momento muito marcante pra mim, porque eu pensei "eu sou boa, eu tenho talento". Porém, infelizmente, aos 14 anos, eu sofri uma queda ao finalizar um mortal e rompi o ligamento cruzado do joelho. Foi muito frustrante pra mim na época, e esse incidente encerrou a minha trajetória na ginástica olímpica.O Esporte Cidadão foi muito mais do que um programa esportivo, ele me ensinou valores que levo pra vida: disciplina, persistência e trabalho em equipe. Os professores também foram fundamentais, sempre amáveis e cuidadosos, e enxergavam o potencial de cada aluno. Para aquela menininha que viu a ginástica apenas na TV, parecia impossível que um dia eu pudesse praticar esse esporte, mas graças ao Esporte Cidadão não só tive essa oportunidade, como também conquistei vitórias pessoais e cresci como pessoa. O benefício oferecido pela Prefeitura transformou a vida de muitas crianças, inclusive a minha. 

-Beatriz Viana, 26 anos

 

Iniciei no Esporte Cidadão com 12 anos de idade em várias modaldiades: vôlei, basquete, futsal, atletismo, handebol. Mas, a princípio, as que eu fiz por mais tempo foram atletismo e basquete, onde eu mais me identifiquei e consegui evoluir como atleta, chegando a competir em regionais. No basquete, joguei a Liga Desportiva Paulista, a Liga Metropolitana. Atletismo também eu cheguei a correr por Campinas e Indaiatuba. A princípio eu queria fazer algo tanto pelo sedentarismo, porque eu ficava muito tempo em tela de videogame e celular, e eu gostava muito de esporte, então não foi difícil para começar. Acabei me apegando muito ao atletismo e basquete, onde eu acabei evoluindo muito meu nível de competitividade, criei um círculo social muito legal, com pessoas que me agregaram muito, professores sensacionais. A Prefeitura de Indaiatuba, que promoveu o Esporte Cidadão comigo, e que acabou me fortalecendo muito em diversos fatores da vida, tanto no meio social, quanto no meio saudável, quanto em níveis de projeções de futuro. Por exemplo, até eu iniciar, eu não tinha tanto foco nas minhas coisas, mas quando eu comecei a focar no esporte eu sentia mais leveza, felicidade e disposção no dia.  

-Ryan Matheus, 21 anos

 

Novo núcleo esportivo

A joia da gestão de Marquinhos foi a inauguração do novo Centro Esportivo Rei Pelé, em dezembro do ano passado. O complexo vai de encontro com o ideal do secretário, que deseja oferecer esporte em todo o município, atendendo a demanda de uma região que era carente.

O Rei Pelé recebeu um investimento de R$44 milhões para a criação de uma estrutura de alta performance. O complexo disponibilizará 4.500 novas vagas para os programas esportivos existentes.

Galeria de mídia desta notícia

  • O novo Centro Esportivo Rei Pelé é o maior núcleo esportivo da cidade

    O novo Centro Esportivo Rei Pelé é o maior núcleo esportivo da cidade
    Foto: Eliando Figueira RIC/PMI

  • José Maria Ferraz Filho, coordenador dos projetos Esporte Cidadão e Juventude Esportiva

    José Maria Ferraz Filho, coordenador dos projetos Esporte Cidadão e Juventude Esportiva
    Foto: Marcelo Chiconato/Mais Expressão

  • O secretário municipal de esportes, Marquinhos, com a planta do Centro Esportivo Rei Pelé

    O secretário municipal de esportes, Marquinhos, com a planta do Centro Esportivo Rei Pelé
    Foto: Marcelo Chiconato/Mais Expressão

  • Beatriz teve a oportunidade de praticar a ginástica olímpica pelo projeto

    Beatriz teve a oportunidade de praticar a ginástica olímpica pelo projeto
    Foto: Arquivo Pessoa/Beatriz Viana

  • Ryan Tufaile sente que o projeto impactou positivamente em sua vida

    Ryan Tufaile sente que o projeto impactou positivamente em sua vida
    Foto: Arquivo Pessoal/Ryan Matheus

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