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Profissionais se reinventam para driblar dificuldades da pandemia

Saída para o desemprego levou a descobertas em novas atividades

 Publicado em  21/05/2021 às 10h49  Indaiatuba  Trabalho e emprego


Eloy de Oliveira
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Perdi o emprego e agora?

Essa foi a pergunta que milhares de pessoas fizeram ao longo de 2020.

Não é para menos: o primeiro ano da pandemia provocou uma redução do número de empregos formais em 14 das 27 unidades da Federação.

O número total de desempregados saltou de 11,9 milhões em janeiro de 2020 para 14,4 milhões em fevereiro deste ano. A redução ocorreu tanto por demissão quanto por fechamento de postos de trabalho.

Rick Ueda foi uma das vítimas. Ele trabalhava como fotógrafo de grandes eventos corporativos. Vivia de fotos para empresas como DHL, Unilever, John Deere e Flex. Uma longa experiência de 25 anos.

“Cara, eu não sabia o que fazer quando tudo isso mudou. Tenho 48 anos e não encontro mercado de trabalho fácil. Só que sustento uma filha de 17. Não podia ficar desempregado”, diz.

Quando se está com problemas, se desabafa. Rick fez isto com um amigo, Welber Wolk, dono do Santo Mosto, um barzinho que funciona na rua Ademar de Barros, 2.064, centro de Indaiatuba, e recebeu como contrapartida um convite. Ele seria o chef de cozinha do bar.

Isto porque, além de fotógrafo profissional, Rick já gostava de gastronomia e coquetelaria. “A proposta caiu como uma luva. Eu sempre cozinhei em casa e também sabia fazer drinques. Comecei lá em agosto de 2020”, comemora.

A parceria deu tão certo que o bar mudou a atividade típica noturna e desde março passou a oferecer almoço. Então de dia, Rick cuida da cozinha e de noite prepara drinques especiais.

A sua especialidade são carnes nobres: bife de ancho, filé mignon e copa de lombo. O bar serve 30 refeições por dia.

“O salário é bem menor que o de fotógrafo, mas estou tão feliz que não quero voltar à profissão antiga: agora vou me aprofundar nisso”.

Outra que mudou de área por causa dos problemas causados pela pandemia foi Renata Pavan Moreno. Ela fez direito e atuava na área jurídico-administrativa. O pai também é advogado. Mas ficou sem emprego.

“Como eu adoro barras de access, resolvi investir nessa área e montei um espaço para atendimento com a terapia holística”, diz.

O espaço se chama Renascer Terapias Holísticas em Barras de Access e funciona no centro com atendimento pelo telefone (19)98171-6785.

Antes mesmo da pandemia, ela já trabalhava com as barras de access. A partir da decisão de trabalhar com isto, fez cursos e se especializou.

“Agora ajudo as pessoas a reduzir o estresse e se reorganizarem. Temos tido uma procura muito grande. A pandemia afetou todo mundo. As pessoas chegam muito tensas, nervosas. Depois saem leves e muito animadas com o tratamento”.

As barras fazem parte de uma terapia corporal criada em 1990 por Gary Douglas.

A técnica consiste em mapear 32 pontos energéticos na região da cabeça que possuem conexão com diferentes aspectos da vida.

“As barras de access são uma forma de ‘deletar’ crenças, ideias e atitudes que podem interferir na vida da pessoa e dessa forma podemos abrir novas possibilidades e oportunidades”, diz.

Os principais pontos de ação da terapia são: consciência, cura, tristeza, controle, criatividade, alegria, sexualidade e dinheiro.

Renata afirma que são necessárias pelo menos dez sessões para que o efeito seja significativo, mas é possível fazer menos.

Cada sessão custa entre R$ 100 e R$ 300, conforme o pacote fechado com o cliente.

A terapia resolve problemas típicos do estresse. “Tive uma cliente que não dirigia havia três anos por medo. Depois de três meses de tratamento, ela voltou a dirigir novamente”. Outra cliente do espaço não passava na prova da OAV por puro nervosismo e com o tratamento resolveu.

Ao contrário do fotógrafo Rick Ueda, Renata admite que pode voltar a trabalhar no direito quando as coisas melhorarem novamente, porque o rendimento na profissão antiga ainda é maior. Mas não deixará de praticar as barras de access, porque se encontrou com a profissão.

“É uma atividade que faz bem a mim também”.

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