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Professor pé-quente: Lucas da Mota fecha o ano com dois títulos no amador

O jovem treinador terminou 2024 com apenas duas derrotas em três competições disputadas

 Publicado em  19/12/2024 às 14h28  Indaiatuba  Esportes


Da Mota é auxiliar e braço direito do treinador no Benfica, Rafael

Da Mota é auxiliar e braço direito do treinador no Benfica, Rafael
Foto: Arquivo Pessoal/Lucas da Mota

Por Marcelo Chiconato

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A temporada 2024 do amador indaiatubano chegou ao fim, e ao longo dela vivemos histórias e conhecemos personagens marcantes.

Lucas Alves da Mota, ou simplesmente “da Mota”, viveu um ano mágico em sua carreira. Formado em educação física, Lucas morou alguns meses na Argentina, e desde sua volta ele respira o futebol amador na cidade.

Aos 30 anos, deixou as chuteiras de lado e migrou para a parte técnica. Em 2024, foi o braço direito do treinador Rafael Silva à frente do Benfica, onde conquistou a inédita A1. No segundo semestre, desta vez como comandante, levou o Real Lottus para a glória no Campeonato Walter Pimentel de forma invicta. Com apenas duas derrotas em 26 jogos disputados, da Mota diz ser “fissurado em ganhar”, e já almeja o seu futuro no esporte.

Em entrevista exclusiva ao Jornal Mais Expressão, o jovem professor conta alguns bastidores da sua trajetória e já planeja o seu 2025.

 

Por que você parou de jogar?

“Ah, acredito que, quando eu voltei, teve aquele ‘boom’. Comecei a jogar, pegar ritmo. Jogava muito de semana, final de semana. Mas eu já tinha uma cirurgia de reconstrução de ligamento, e comecei a sentir dores. Antes de começar o campeonato já torci o tornozelo. Me recuperei, voltei... E logo no primeiro jogo torci tornozelo e joelho, tudo no mesmo lance. Desde então não consegui voltar 100%.

Acabei desanimando, senti que não conseguia competir no mesmo nível que antes. E meu futebol é muito físico. Foi quando teve o convite do Benfica para fazer parte da montagem do elenco, e aí comecei a migrar para a área técnica”.

 

Qual conquista foi mais emocionante: A1 ou Walter Pimentel?

“Com o Benfica foi diferente. Por ser o primeiro, por já ter disputado muitas guerras com eles, e por ter batido na trave. Estava entalado na garganta”.

 

Você ficou nervoso quando percebeu que a única equipe que havia te superado na A1 (Mulekes da Praça) seria o adversário da final?

“Confesso que, pessoalmente falando, foi o que fiquei mais incomodado. Muito porque é um time que respeito muito, a equipe que mais gosto de enfrentar. E essa tinha sido minha primeira derrota para o Mulekes da Praça.

A partir do momento que eles ganharam da gente, na minha cabeça, eu tinha muito claro que queria enfrenta-los em algum momento. Eu não gosto muito de responder provocação na hora do jogo, mas no próximo pode ter certeza que vou dar a vida para ganhar.

Então eu e Rafa (Silva) fechamos o grupo e falamos assim “eles estão comemorando hoje, mas se um dia a gente se enfrentar quem tem que comemorar somos nós”. Culminou que a final foi contra eles, e para mim foi especial”.

 

A final com o Real Lottus foi emocionante. Como manter a calma do grupo nesses momentos?

“Não sei te dizer, mas eu estava muito tranquilo. A potencialidade já estava no grupo, e meu trabalho era só continuar potencializando. Passar tranquilidade, fazer o simples bem feito. Chegou já com a ideia de onde vai bater? Não muda por nada. Faz o que tem que ser feito, só isso. Nos pênaltis, eu estava muito seguro que era nosso, e não é desprezo pela outra equipe”.

 

Qual o seu balanço para 2024?

“Muito positivo, muito além do que eu esperava. Durante o percurso você acredita, mas se olhasse lá no começo do ano eu não estava muito confiante que seria tão bom assim. Acreditava que faríamos um bom trabalho, mas não imaginava que poderia dar tantos frutos”.

 

Quais são os seus planos com o futebol?

“A minha ideia é, dentro de um ou dois anos, começar a fazer o curso de técnico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Gosto muito dessa área. Pode ser que durante esse caminho eu acabe mudando, porque sabemos que técnico no Brasil, tanto no nível baixo quanto nos maiores, você vive uma montanha russa.

Eu também gosto de negociar com os jogadores. Estive pensando nisso, se não estiver ali na parte do campo, a área externa também é interessante, como dirigente”.

 

Qual o perfil ideal que você procura em um elenco?

“Competitivo e atlético. Gosto de times intensos, que sufocam o adversário, marcam com pressão alta”.

 

Como você planeja seu 2025?

“2025 será bem tenso. Pelas escolinhas já tem dois campeonatos importantes no começo do ano, além dos internos. Tem o Vila Avaí, que vou jogar. Já estou participando da montagem do elenco do Benfica para a Copa da Amizade. Tem a Série Especial. E os outros campeonatos ficam em aberto, porque não sei como vai ser com essa quantidade de campeonatos. Já teve algumas sondagens de Salto, Itu... Como vivo intensamente todos os times que vou, demanda tempo, ocupação e energia”.

 

Como está sendo a montagem do elenco do Benfica pra Especial?

“Bem provável que 70% dos jogadores vão continuar. Aí vamos tentar trazer outros jogadores diferentes dentro desses 30%. Peças pontuais, com experiência, corrigindo algumas posições que podemos melhorar. No amador a gente percebe que faz muita diferença essa questão de ser um grupo família”.

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  • Da Mota é auxiliar e braço direito do treinador no Benfica, Rafael

    Da Mota é auxiliar e braço direito do treinador no Benfica, Rafael
    Foto: Arquivo Pessoal/Lucas da Mota

  • No Real Lottus, da Mota foi o treinador na conquista do Walter Pimentel

    No Real Lottus, da Mota foi o treinador na conquista do Walter Pimentel
    Foto: Arquivo Pessoal/Lucas da Mota

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