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Prefeitura faz controle químico para o combate à dengue

A Sucen também ajudou no combate

 Publicado em  06/01/2014 às 13h35  Sumaré  Cidades


Enquanto muita gente está de férias, a equipe antidengue da Prefeitura de Sumaré está trabalhando, e muito, no combate ao mosquito transmissor do vírus da doença. A cidade recebeu o reforço da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), que descolou três equipes de Campinas e duas de Limeira. Desde a última quinta-feira, dia 26, as várias equipes estão realizando a nebulização, ou seja, o controle químico que mata o Aedes aegypti já adulto, nas áreas em que apresentam mais de dois casos positivos da doença no ano.

Na quinta-feira, o trabalho foi realizado na região da Vila Miranda. Já nesta sexta-feira, dia 27, os moradores do Parque Franceschini colaboraram com a equipe saindo rapidamente de suas residências, retirando animais de estimação e aguardando alguns minutos para poder retornar. Enquanto a equipe da Sucen faz o controle químico para eliminar os mosquitos, as equipes de combate à dengue da Prefeitura realizam a busca ativa de possíveis criadouros das larvas do mosquito e de eventuais pacientes sintomáticos no interior das residências.

Tanto o bloqueio químico quanto a busca ativa são realizados quando há casos positivos de dengue nos bairros. O bloqueio químico é a aplicação, na vizinhança da casa do paciente, de um inseticida que vai matar apenas os mosquitos adultos, que já podem picar e transmitir a doença. O “fumacê” não elimina as larvas do mosquito, por isso é importante também o trabalho de busca aos criadouros.

Já a busca ativa de criadouros e sintomáticos, que também é feita na vizinhança da pessoa infectada, tem como objetivo a eliminação de criadouros, bem como procurar por pessoas que estejam com sintomas de dengue, a fim de que elas possam ser encaminhadas imediatamente para atendimento médico.

“Não podíamos esperar até o início de janeiro, com a dengue não é assim. Tendo a doença, nossa preocupação é eliminar o mosquito adulto o mais rápido possível, pois é ele que vai ser o real transmissor da doença, pois ele pica uma pessoa doente, fica infectado e, ao picar outra pessoa saudável, já transmite a doença. A nebulização é eficaz nestes casos, pois ela elimina realmente o mosquito adulto”, explicou o gerente do Centro de Controle de Zoonoses, Ricardo Telli.

Este reforço da Sucen já estava previsto desde a reunião realizada no gabinete da prefeita de Sumaré, Cristina Carrara, na qual foram traçados planos para o combate à dengue na cidade. Na ocasião, estavam presentes o superintendente da Sucen, Dalton Pereira da Fonseca Junior, a diretora da regional de Campinas, Renata Caporalle Mayo, o engenheiro agrônomo da Sucen, Marco Antonio Ferreira da Costa, secretária municipal de Saúde, doutora Tânia Pupo, e a gerente da Saúde Coletiva, Adriana Medeiros.

 

ALERTA

A Secretaria de Saúde de Sumaré já estava trabalhando em estado de alerta sobre a dengue ao longo de todo o ano, tendo em vista que a transmissão da doença cresceu novamente. De janeiro de 2013 até o momento, a cidade já teve confirmados 2.530 casos positivos pelo Instituto Adolfo Lutz. Em 2011, foram 1.353 casos confirmados, e em 2012, foram 268. Porém, na história da cidade, maior epidemia foi em 2007, quando a cidade registrou 3.699 casos positivos.

Renata destacou também que “o que preocupa na cidade é que, neste ano, já circulou o sorotipo 4 da doença”. “Quem já teve dengue de outros sorotipos, 1, 2 e 3, pode pegar a doença com um outro sorotipo, neste caso o 4, que já está circulando na região, inclusive foram colhidas seis amostras deste sorotipo em Sumaré”, alertou.

 

A DOENÇA

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode ser de quatro tipos diferentes. Um mesmo paciente pode adquirir os quatro sorotipos ao longo da vida. Mas, depois de ter um determinado tipo, a pessoa fica imunizada para aquele sorotipo especificamente. O sorotipo 4 não é mais grave que os demais: todos eles provocam a dengue. O sorotipo da doença é detectado em um exame específico, no qual se colhe o material do paciente até o 3º dia após o início dos sintomas.

Os sintomas também são os mesmos. A dengue manifesta sinais que muitas vezes se confundem com outras doenças, como resfriado ou gripe, mas sem coriza. Existe o chamado período de incubação da doença, ou seja, a pessoa não fica doente logo após ser picada. Em geral, começa a sentir os sintomas em 3 a 15 dias. E os sinais variam conforme a gravidade da infecção: se é clássica ou hemorrágica.

A dengue hemorrágica é um quadro grave, que pode ser causada por todos os sorotipos e precisa de atenção médica imediata, pois pode ser fatal. Indivíduos com diabetes, asma e hipertensão têm mais predisposição a apresentar esse quadro mais complicado.

Outro fator que favorece a dengue hemorrágica é quando um indivíduo é infectado mais de uma vez, ou seja, quem já teve a doença corre maior risco de ter o tipo hemorrágico.

 

RECUSAS X CRIADOUROS

Um dos principais problemas das equipes de combate ao mosquito transmissor do vírus da doença, no entanto, é a quantidade de casas fechadas e, principalmente, de recusas de moradores em receber os agentes, o que aumenta o risco de haver criadouros das larvas do mosquito no interior dos imóveis.

Desde o alerta do Ministério, divulgado em novembro, Sumaré já se reorganizou e está atuando mais efetivamente nas regiões de maior índice de densidade larvária, as regiões do Matão (2,0) e Área Cura (2,3), dados do último Breteau realizado em outubro. O índice preconizado pelo Ministério da Saúde é menor ou igual a 1,0, que significa que em 100 casas visitadas, apenas uma possui larvas do mosquito Aedes aegypti. Vale destacar que este índice de densidade larvária (o Breteau) é realizado por cada município, para que o trabalho seja concentrado nas regiões que apresentam maior número de criadouros do mosquito transmissor.

Quinzenalmente, uma equipe dos agentes de Controle de Endemias fiscaliza os chamados “pontos estratégicos”, como ferros velhos, borracharias, recicladores, entre outros. De alto risco, a cidade possui 31 pontos estratégicos, que são avaliados e recebem o bloqueio químico para diminuir o risco de criação de novos mosquitos.

Durante todo o ano, as ações educativas sobre a dengue também se destacaram. Foram entregues aproximadamente 20 mil cartilhas educativas sobre a doença em toda a Rede de Ensino. Houve também um aumento significativo de fixação de cartazes em espaços públicos, comércios e transporte público, além de faixas instaladas em pontos estratégicos da cidade.

A Secretaria de Saúde, juntamente com o Departamento de Saúde Coletiva e toda a rede dos serviços, trabalha para que, nesta época de maior incidência da doença, os profissionais fiquem mais atentos aos casos de maior suspeitabilidade e, assim, para as equipes possam agilizar os trabalhos de busca ativa de pacientes e criadouros e bloqueio contra o mosquito adulto, para a diminuição de novos casos da dengue no município.

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