Prefeitura de Salto busca evitar colapso na limpeza urbana

A paralisação do serviço pode acarretar uma série de problemas ambientais e sanitários
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Diante de dificuldades financeiras, a Prefeitura de Salto adota medidas para evitar a interrupção da coleta de lixo na cidade. Uma das principais ações foi a decisão da Mesa Diretora da Câmara de suspender temporariamente a construção de sua nova sede, destinando parte dos recursos previstos para o pagamento da dívida com a CSO Ambiental, responsável pela limpeza urbana.

A Prefeitura afirma que a administração anterior deixou em aberto cinco meses de pagamento do contrato com a CSO Ambiental, resultando em uma dívida de aproximadamente R$ 28,74 milhões. A falta de repasses colocou em risco a continuidade da coleta, pois a Parceria Público-Privada (PPP) firmada em 2014 prevê a suspensão dos serviços caso os pagamentos não sejam feitos dentro do prazo de 60 dias. Além disso, não houve previsão orçamentária para cobrir os meses de 2025, agravando a situação financeira.

Desde janeiro, a nova gestão municipal tem realizado os pagamentos mensais em dia e trabalha na renegociação das parcelas em atraso. No entanto, a dívida acumulada ainda ameaça a continuidade do serviço, exigindo soluções urgentes.

A coleta de lixo é essencial para a saúde pública, prevenindo a proliferação de vetores de doenças e evitando impactos ambientais. Uma paralisação comprometeria diretamente a qualidade de vida da população.

Procurado para comentar a situação, o ex-prefeito Laerte Sonsin negou que tenha deixado cinco meses de pagamentos pendentes e criticou a atual gestão. “Não é verdade que a gestão passada tenha deixado cinco meses pendentes de pagamento da PPP de varrição, coleta e tratamento de lixo. O que existe, na verdade, é a necessidade de apuração de haveres e deveres em face da referida PPP, para evitar o pagamento de valores não devidos. Essa apuração já foi iniciada no ano passado, e cabe à atual gestão dar andamento nesse processo. Além disso, foi deixado dinheiro em caixa suficiente para arcar com eventuais deveres que venham a ser apurados. Quando assumimos a Prefeitura, em 2021, encontramos um déficit orçamentário de mais de R$ 60 milhões e, mesmo assim, fizemos os ajustes necessários”.