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Por que é tão difícil guardar dinheiro?

Confira a coluna escrita por Juliano José Rinaldo, especialista em Investimentos na LTW Consult

 Publicado em  25/02/2022 às 10h48  Brasil  Economia


Se essa pergunta chamou sua atenção, você não é o único. A grande maioria dos brasileiros tem dificuldade para guardar e facilidade para gastar o que ganha.

Isto se dá por conta do descontrole de gastos, gastos por impulso, falta de foco, excesso de ofertas e propagandas ou até aqueles gastos para se sentir melhor, mas que, em pouco tempo, mostram que não são um bom remédio.

Sobre essa questão de gastar para se sentir bem, algumas justificativas são porque nos dão a sensação de domínio: eu posso, eu tenho condições, eu conquistei isso, sou eu que decido, eu tenho o controle, o mercado está à minha disposição.

Mas, ao comprarmos algo de que não precisamos, não percebemos que fomos influenciados, que não era a nossa decisão e depois muitas vezes antes mesmo de encontrar onde guardar aquela compra temos que lidar com a culpa daquela decisão.

Deve ser por isso que vemos ao nosso redor crescer o mercado de locais para armazenar coisas, as chamadas Storage, guarda-tudo ou dê o nome que quiser, mas servem para guardar o que não cabe mais na sua casa.

Voltando a guardar dinheiro, já vimos que, para guardar, temos de parar de gastar, afinal, se uma caixa d’agua está vazando não adianta encher com mais água, mas sim tampar o vazamento.

No mundo das finanças, a falta de controle faz alguns pensarem que precisam ganhar mais, mas, sem controle, um salário maior só levaria a gastar mais e não a poupar mais.

Por isto, tape o vazamento. Aprenda a se pagar. Separe uma parte do que ganha para investir como se fosse uma despesa e faça esse investimento como se fosse pagar uma conta. Não quando sobrar, mas como uma conta de energia que, se não pagar, vai cortar.

Já o quanto depende de cada um, mas comece hoje, busque ajuda, leia, pesquise, pergunte, não tenha vergonha de ser mais um sem controle.

Existem algumas regras que podem ajudar a começar a poupar, como a 50-30-20, 50% do que ganha será destinado para despesas fixas e essenciais como moradia, luz, mercado etc.; 30% para despesas variáveis, gastos não necessários, TV por assinatura, lazer, mimos do dia a dia etc.; e 20% para reserva financeira e demais investimentos.

Mas eu não consigo começar nessa proporção. Não tem problema. Que seja 70/25/05, mas comece.

Para que isso dê certo, conheça seus gastos e receitas, separe os percentuais, mesmo que, se em potes ou planilha de Excel, tanto faz.

Depois faça uma relação das despesas e analise as que devem continuar e as que podem ser eliminadas. Se possível, avalie a prioridade. Tenha disciplina, foco, força, fé, que com o tempo tudo se organiza.

Juliano José Rinaldo (47 anos), marido da Giovana e pai do Lucas. Especialista em investimentos. Já atuou no HSBC Bank Brasil, HSBC Vida e Previdência, Ativa Investimentos e LTW Consult. Apresentador do Programa Café a mercado, Descomplica e Diario Consult da LTW Consult.


Só 35% dos brasileiros têm conhecimento financeiro

Em 2018, o Brasil ocupou a 17ª posição, entre 20 países, no ranking de competência financeira realizado pelo Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (PISA). Isso demonstra a falta de educação financeira entre jovens e crianças, o que resultará em uma população adulta igualmente incapacitada de lidar com questões econômicas.

Esse mesmo resultado pode ser observado na pesquisa global realizada pela S&P Global Finlit Survey, que traz o índice de analfabetismo financeiro no mundo. O Brasil está na média mundial, com apenas 35% das pessoas entrevistadas com conhecimentos básicos sobre o tema, enquanto países avançados chegam a 55%.

Infelizmente, a educação financeira no nosso país não costuma ser abordada na educação básica e superior. Provavelmente você, nosso leitor, está em busca de suprir essa necessidade.


Notas econômicas 

Consultor de investimentos: O trabalho do consultor é estabelecido e regulado pela Comissão de Valores Mobiliários. Todo consultor de investimentos deve trabalhar de forma independente e individualizada. Essa medida reforça a segurança do serviço prestado. Por não haver vínculo com nenhuma corretora, o consultor é remunerado pelo cliente, logo, deverá atender exatamente ao que o cliente necessita, sendo proibido o recebimento de qualquer incentivo ou comissão por produtos.

Gerente bancário: Esse profissional é o responsável pela sua conta bancária (foto 3). Seu nível de conhecimento técnico sobre o mercado financeiro dependerá da instituição bancária e do tipo de conta que você possui. O objetivo dos bancos costuma ser a venda dos seus próprios produtos, visando o lucro da instituição.

Assessor de investimentos: Esse profissional, que pode ser um Assessor ou um AAI (Agente Autônomo de Investimento), é responsável pela captação de clientes e o intermédio entre o investidor e a corretora. Na teoria, esse serviço é gratuito, ao menos para o cliente. No entanto, o Assessor é pago pela corretora, recebendo parte do valor de taxas cobradas pelo investimento.

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