Polícia começa a desvendar o mistério do crime na suíte 6 de motel de Indaiatuba

Prisão de suspeito, que era cunhado de uma das vítimas, reforça a tese de crime passional

Publicado em 28/05/2021 às 19h34 Indaiatuba Polícia

Eloy de Oliveira
[email protected]

Com a prisão de um suspeito, na terça-feira (25), a Polícia de Indaiatuba começou a esclarecer o mistério do crime na suíte 6 do Park Motel, em Indaiatuba, onde um casal foi assassinado a facadas no último dia 16.

De acordo com informações extraoficiais, o suspeito teria cometido os crimes por ciúme. Ele é cunhado da mulher e teve um relacionamento com ela. Daí a razão para o homem assassinado ter perfurações na região genital.

A polícia chegou ao suspeito, cujo nome não foi divulgado, depois de descartar o homicídio seguido de suicídio, já que as duas vítimas tinham perfurações nas costas, e verificar que não houve arrombamento da suíte.

Ao descobrir que o suspeito trabalha no motel e estava morando nos fundos do estabelecimento, pois tinha saído da cadeia havia alguns meses e não tinha onde ficar, a polícia concluiu que ele poderia acessar a suíte.

Essa condição era comum aos outros funcionários. O que foi determinante para esse funcionário ser apontado foi ele ter dito no interrogatório que encontrou os celulares das vítimas no telhado do motel.

Os policiais acharam estranho, pois as câmeras de segurança não indicavam que o casal tivesse saído do quarto. Mais: os demais pertences estavam na suíte e os celulares poderiam ter mensagens motivadoras do crime.

O delegado Luís Fernando Dias de Oliveira, titular de Indaiatuba, disse que vai aguardar os laudos periciais. Ele só revelou que o morto era o piloto Mário Sérgio Lima Flores, de 42 anos, e a morta Gislane da Silva, de 38.

A prisão do suspeito é temporária e deverá durar 30 dias. A polícia ainda vai ouvir outros suspeitos e pessoas que tiveram contato com o casal antes e depois do crime. Além de colher mais provas sobre o envolvimento do preso.

Funcionários do motel disseram que o casal ia sempre ao local. O piloto era morador de Itu e ela de Indaiatuba. O que chamou a atenção no dia do crime é que os dois se demoraram 20 horas no quarto. Isto não era comum a eles.