Podcast “Quem Pod Mais” fala sobre capacitismo e inclusão nas escolas

Tatiana dos Santos fala sobre inclusão nas escolas em podcast do Grupo Mais Expressão
Foto: Divulgação

“Capacitismo é uma forma de preconceito relacionada a capacidade da pessoa com deficiência. Toda vez que eu uso um termo que vem de forma preconceituosa questionando a capacidade de uma pessoa com deficiência, estamos sendo capacitistas. Por exemplo, o uso do termo ‘parece um  retardado’ é capacitismo”, destacou.

Para a especialista, os educadores têm a obrigação de olhar para a sala de aula de forma heterogênea. “O educador precisa garantir a aprendizagem de forma inclusiva, garantindo que todos vão conseguir absorver esse conhecimento”.

Sobre a formação dos professores Tatiana destacou que o principal erro é acreditar que o docente terá toda a informação na graduação. “O professor está em constante formação. A formação inicial não nos dará todo conhecimento, nós temos que constantemente buscar a informação. As escolas têm a obrigação de oferecer a formação continuada, mas o professor também deve busca-lo. Tem muito conteúdo gratuito inclusive nas redes sociais e internet para os professores absorverem”.

A pesquisadora ainda destacou que o apoio do atendimento educacional especializado ou do atendimento terapêutico são profissionais de direito da criança e não do professor. “ Só vai ter um profissional para ajudar a criança se ela necessitar desse profissional. Não é uma necessidade do professor, mas do aluno.  A criança precisa? Se ela não precisa, colocar um profissional para acompanhá-la pode fazer com ela retroceda na sua autonomia. Em inclusão, a gente sempre olha para a potência e buscamos estimular o potencial, sem olhar para a fragilidade”, destacou.

Como dica para os pais na hora de buscar uma escola realmente inclusiva Tatiana esclareceu. “Uma escola inclusiva é aquela que, quando vai organizar uma apresentação, ela não se preocupa com a perfeição. Ela envolve todas as crianças. E você percebe que aquelas crianças que são da educação especial estão participando felizes, pois a escola propicia realmente essa integração. Ao procurar uma escola inclusiva, não se atentem só aos discursos, veja como é o cenário real e se as propostas são mesmo inclusivas ou se estão camufladas”, enfatizou.