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Paulistanos: A Copa do Mundo, Manifestações e a Greve

Pesquisa realizada pela Hibou revela que 10% dos paulistanos não assistirão aos jogos e 39% estão inseguros quanto à violência

 Publicado em  12/06/2014 às 03h00  Brasil  Copa do Mundo


Hoje começa o maior evento mundial. A Copa do Mundo chegou e a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, realizou uma pesquisa com os paulistanos para saber um pouco mais sobre como eles se organizarão.  O estudo de campo foi feito entre os dias 8 e 11 de junho com uma amostra de 600 pessoas  classe B e C.
 
81% dos entrevistados pretendem assistir ou acompanhar os jogos do Brasil, contra 10% que não vão assistir e 9% que ainda não sabem. Dos que afirmaram positivamente o interesse nos jogos, 34% irão para casa de amigos, 31% para bares, seguidos da própria casa 19% e do trabalho 12%. Apenas 1% dos paulistanos pretende ir ao estádio e 3% em alguma fanfest. “O brasileiro gosta de futebol, e mais ainda do bom futebol. Ver na TV é um hábito já adquirido pelos campeonatos estaduais e nacionais que vai ser mantido durante a Copa, é um momento de confraternização inclusive de amigos torcedores de times rivais comemorarem juntos”. Diz Ligia Mello, sócia da Hibou e coordenadora da pesquisa.
 
Devido aos movimentos que a cidade de São Paulo tem passado nos últimos meses, a grande maioria dos paulistanos (60%) afirma que a Copa do Mundo é indiferente e que vai viver o dia a dia normalmente sem a interferência de o evento ter jogos na cidade. Já 39% disseram se sentir inseguros, pois acham que acontecerão mais roubos nesta época.
 
 “O paulistano entende que a cidade precisa continuar produzindo durante os jogos e existe uma preocupação com o ganho mensal e com o excesso de feriados que pode prejudicar a rotina, por isso o “tocar a vida” aparece tão forte nas opções estimuladas” explica Ligia.
Manifestações
As manifestações estão muito fortes nos últimos dias por conta da Copa do Mundo e outros fatores. Desde pacíficas que visam alertar sobre um problema, até movimentos que depredam patrimônio ou param a cidade em momentos de pico. Questionados sobre estas manifestações, 36% são contra, 23% totalmente contra, 21% a favor, 12% totalmente a favor e 8% disseram não ter uma opinião formada. “Observamos uma grande diferença quando comparado aos números de 2013” diz Ligia Mello. Sobre a ação policial, 34% aprovam parcialmente, 23% não tem uma opinião formada, 13% aprovam totalmente, 21% reprovam parcialmente e 9% reprovam totalmente.
 
Greve dos Metrôs
 
98% dos paulistanos entrevistados disseram ter sua rotina atrapalhada pela greve do metrô, seja pelo uso do transporte, quanto pelo congestionamento que atingiu a cidade nos dias (inclusive no final de semana) de operação reduzida. “O paulistano considerou a greve abusiva, pois além de atrapalhar o movimento da cidade, ouvimos muito dos entrevistados palavras como:  “o aumento foi além da inflação”, “eles querem aproveitar a copa pra ter aumento”, “é hora de aparecer na TV porque todo mundo está olhando pra São Paulo agora.” “eles não pensam na população, só olham pra eles mesmos” “tinha gente lá que nem era do metrô” “o aumento era baseado em que, você sabe? Porque eu não tive esse aumento esse ano” completa Lígia. Além disso, 79% dos paulistanos consideraram atitude correta do Governo ter conversado com os grevistas antes de tomar qualquer decisão. Já 19% acharam a atitude precipitada, e 62% consideraram a ação demorada.
 
No dia 9 de junho com a pesquisa na rua, uma última pergunta foi inserida a respeito da demissão dos metroviários por justa causa. (Para esta questão específica houve uma base de 297 respostas). 40% dos entrevistados apoiaram as demissões, 24% acharam demorada, 3% consideraram abusiva, 6% opinaram como exagerada, 11% acharam que o número de demitidos foi pequeno e 16%  não tinham opinião formada sobre o assunto.
Sobre a Hibou
A Hibou é uma empresa especializada em pesquisa de mercado e monitoramento. Da palavra francesa “coruja”, a Hibou traz o significado do olhar além dos 180°. A empresa tem como principal diferencial a inserção dos resultados das pesquisas dentro do dia a dia do consumidor, propondo muito além do resultado objetivo, sugestões de desdobramentos e abordagens. MaxHaus, Gafisa e o grupo argentino de seguros Sancor, são alguns dos clientes da Hibou, que oferece pesquisas qualitativas, quantitativas; exploratórias; profundidade; de campo; duble de cliente; deskresearch; datamining; e monitoramento de comportamento; presença de marca; expansão de região (acompanhamento de plano diretor); expansão de mercado para produtos e serviços; teste de produto e hábitos de consumo.

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