Publicado em 02/07/2025 às 18h00 Indaiatuba Arquitetura e Construção
 
                    
                      A arquiteta e urbanista Dayana Araujo, diretora executiva do Instituto Airumã no podcast Os 6 Gatinhos 
                      
                      Foto: divulgação                    
A arquiteta e urbanista Dayana Araujo, diretora executiva do Instituto Airumã, foi a convidada do podcast Os 6 Gatinhos, uma parceria com o Grupo Mais Expressão, para falar sobre como a arquitetura e o urbanismo podem transformar a infância por meio da natureza. Defensora dos chamados “parques naturalizados”, Dayana trouxe reflexões profundas sobre o desenvolvimento infantil, o medo excessivo nas cidades e a necessidade de devolver às crianças o direito ao contato com o mundo natural.
“Esses parques são baseados em evidências. Hoje já se fala em transtorno de déficit de natureza”, explicou. “A ideia é trazer a natureza para perto da infância. E, como 80% da população brasileira vive nas cidades, o parque urbano naturalizado se torna uma ferramenta essencial para isso.”
Ela destacou que esses espaços vão muito além da estética: promovem autonomia, coragem, criatividade e saúde emocional. “Eles têm solos permeáveis, jardins, diversidade vegetal e brinquedos que a gente, adulto, nem sempre reconhece como brinquedo. São estruturas pensadas para o brincar naturalizado muitas vezes em madeira, que permitem que a criança explore, descubra e se desenvolva de maneira mais integral.”
Para Dayana, o brincar livre é essencial. “A criança sobe numa árvore e vai fazendo hipóteses, calculando caminhos, experimentando seus próprios limites. Isso constrói coragem e autoconfiança. Mas o que a gente vê hoje são espaços estereotipados, hiperestimulantes e mal feitos, que subestimam a capacidade da infância de perceber estética, textura e de criar.”
A arquiteta também criticou o excesso de proteção e o distanciamento da natureza. “Colocaram grama sintética, piso emborrachado… tudo para impedir que a criança tenha contato com terra, barro, água. A criança não desaprendeu a brincar: ela foi afastada dessa possibilidade.”
Outro ponto alto da conversa foi a discussão sobre os “entornos escolares saudáveis”, inspirados em iniciativas urbanas de Barcelona e já adotadas por algumas cidades brasileiras. “É simples: uma escola está ali, então por que não reorganizar o entorno? Diminuir o trânsito, criar ciclovias, espaços para socialização? Quando isso acontece, os pais ficam mais tempo com os filhos após a saída, as crianças brincam e conhecem outras pessoas. Isso fortalece o tecido social e cria uma cidade mais amigável para todos.”
Dayana finalizou com uma crítica ao modelo atual de urbanização e uma defesa do brincar democrático: “A natureza é de graça. Ela está ali para todos. E a criança, nesse espaço, pode ser o que ela quiser. O medo dos adultos, o medo de que o outro mexa no brinquedo ou de que algo aconteça, está nos impedindo de oferecer às infâncias experiências verdadeiras. Precisamos rever isso. A cidade precisa ser um lugar de afeto, liberdade e confiança.”
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