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Pandemia leva mais 50 mil pessoas a aderirem à bicicleta em Indaiatuba

Existem hoje 180 mil bicicletas em uso na cidade sendo que a maior parte é para o lazer

 Publicado em  30/04/2021 às 08h40  Indaiatuba  Cidades


Eloy de Oliveira
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Pelo menos mais 50 mil pessoas passaram a usar a bicicleta como meio de transporte ou como opção de lazer em Indaiatuba do ano passado para cá por causa da pandemia.

De acordo com praticantes do ciclismo de lazer por trilhas, que percorrem sítios, fazendas, lagos, matas e pesqueiros distantes do centro urbano, existem hoje 180 mil bicicletas em uso na cidade e eram 130 mil antes do vírus.

O maior número delas é usado na prática do ciclismo de lazer, onde as pessoas estão descobrindo que o prazer de pedalar permite ir além da melhoria da saúde, pois garante entrosamento e conhecer lugares atrativos.

Só para se ter uma ideia, já são 34 grupos de amigos, familiares e colegas de trabalho que se reúnem todos os finais de semana para saírem juntos para pedalar e, mesmo juntos, eles se sentem protegidos da pandemia por estarem ao ar livre e manterem distâncias protocolares.

Cidade das Bicicletas

Para o escrivão aposentado Dirceu da Silveira Moraes, hoje com 73 anos e um dos fundadores do grupo de pedal mais antigo da cidade, o Papa Terra, que dia 7 de maio fará 22 anos de existência, Indaiatuba vai recuperar o título de “Cidade das Bicicletas” da década de 70.

“Lembro do tempo que comecei e eram quatro ou cinco amigos que saíam juntos. Hoje são dezenas e todos esses grupos. Fiquei surpreso com o número de praticantes”, diz ele, que chega a rodar 180 km por fim de semana. Antes da pandemia não chegava a 20 grupos.

O presidente da Associação dos Ciclistas de Indaiatuba, Agnaldo Sérgio Hubert, trabalha junto com a Prefeitura para resgatar a denominação, sob o argumento de que o aumento do número de ciclistas, sobretudo de lazer, já é uma atração turística de Indaiatuba.

Opção segura

Agnaldo Oliveira, outro praticante antigo do ciclismo, diz que dois fatores principalmente levaram mais gente para a bicicleta: o aumento do preço dos combustíveis (Indaiatuba tem a gasolina mais cara da Região Metropolitana de Campinas) e o risco do transporte coletivo.

Como os ônibus concentram muitas pessoas e aumenta a possibilidade de contaminação com a Covid-19, segundo ele, as pessoas estão se locomover de bicicleta, aproveitando a topografia plana da cidade.

“Tenho um amigo da Secretaria de Cultura da Prefeitura que só vai de bike para o trabalho. Como Indaiatuba tem ciclovias, é seguro”, diz.

Custo para aderir ao pedal vai de R$ 300 a R$ 90 mil

Quem quiser ser um praticante do ciclismo de lazer em Indaiatuba pode gastar de R$ 300 a R$ 90 mil, conforme a bicicleta que escolher. Além disso, o ciclista terá de comprar acessórios, como lanternas, capacete, luvas, óculos, caramanhola (garrafa térmica para manter a água gelada durante o pedal), câmara de ar reserva, bomba e o vestuário adequado (bermuda, camiseta e tênis).

Nesses equipamentos todos, o cálculo é que o interessado invista mais uns R$ 3 mil.

Carlinhos Lopes, um dos mais novos praticantes do ciclismo de lazer ouvidos pelo Mais Expressão, diz que, à primeira vista pode parecer muito investimento, mas, quando se começa a praticar, as pessoas querem investir cada vez mais para ficarem atualizadas.

Ainda tem os gastos com a manutenção. Agnaldo diz que é necessária uma revisão completa a cada três meses, e em Indaiatuba tem oficinas especializadas por marcas. Uma revisão dessas sai por R$ 200.

“No dia a dia, o ciclista deve se atentar para a lubrificação da relação (kit de engrenagem, como corrente, catracas, câmbio, etc)”, diz.

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