Publicado em 12/12/2024 às 15h02 Brasil Opinião
Pesquisamos o tema em alta que dominou a atenção global e os rankings do Google Trends nesta semana, e lá está ela de novo, a mudança climática, com dados alarmantes que reforçam a gravidade da crise. Segundo o observatório europeu, o ano de 2024 já se consolidou como o mais quente desde o início das medições no período pré-industrial (1850-1900). O recorde anterior, de 2023, foi rapidamente superado, deixando claro que o ritmo do aquecimento global continua a acelerar.
No Brasil, as consequências são devastadoras. A pior seca já registrada no país afeta principalmente a região Norte, expondo o leito de rios e deixando milhões de pessoas sem acesso adequado à água. A estação chuvosa, que deveria trazer alívio a partir de outubro, chegou atrasada em várias áreas e, quando presente, tem sido insuficiente para reverter os danos. O calor intenso (que sentimos forte por aqui) seca o pouco que chove e agrava os incêndios, muitas vezes iniciados por queimadas ilegais associadas ao desmatamento.
Os números assustam: em novembro, cerca de 400 municípios enfrentavam seca extrema ou severa, segundo o Cemaden. Em dezembro, a previsão é que esse número suba para 1,6 mil cidades, abrangendo todas as regiões do país. Enquanto isso, o calor impulsiona eventos climáticos extremos. As enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul são um exemplo disso. O aumento do calor eleva a concentração de vapor d'água na atmosfera, potencializando chuvas intensas e imprevisíveis.
Esses eventos climáticos, embora vistos como "recordes" isolados, são parte de um padrão global que não pode ser ignorado. O atraso e a insuficiência das políticas climáticas são cúmplices dessa realidade. Desmatamento, emissões de gases de efeito estufa e negligência com recursos hídricos têm alimentado essa escalada, transformando fenômenos naturais em catástrofes sociais e econômicas.
Não se trata apenas de temperaturas recordes ou chuvas torrenciais. Trata-se de vidas humanas, da segurança alimentar, da economia e do equilíbrio ambiental do planeta. As mudanças climáticas exigem uma ação coordenada em todas as esferas: governos, empresas, instituições e indivíduos precisam agir com urgência.
Cada minuto de inércia é um passo a mais rumo ao colapso ambiental que já está em marcha. A responsabilidade é de todos nós, e a janela para evitar os piores cenários está se fechando rapidamente.
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