Publicado em 07/07/2023 às 00h16 Indaiatuba Cultura e lazer
Clara mostra que é possível viver de música e levar cultura pelo Brasil e pelo mundo
Foto: Arquivo Pessoal
Bárbara Garcia
“A primeira vez que peguei a sanfona no colo fluiu muito, pegou forte no coração”, diz Clara Rodriguez, 31 anos. Nascida em Ilhabela, Clara se mudou para Campinas para fazer faculdade de Dança. Lá, uma amiga chamou um sanfoneiro para tocar, e foi quando entrou em contato pela primeira vez com o instrumento.
Ao tomar consciência da sua enorme paixão pela música, Clara procurou diversos instrumentos, como violão, pife e percussão, mas foi a sanfona que fez seu coração bater mais forte. “Hoje posso dizer que vivo da sanfona”. Clara é professora do Conservatório Carlos Gomes em Campinas, da Escola Tacatum e coordena um projeto autoral chamado “Forró pra Tocar”.
O projeto se dedica a ensinar o forró de forma “não competitiva, sem interesses mercadológicos, focado em como a música ajuda na saúde mental”, explica. São pessoas de todas as idades que se reúnem para tocar forró nas praças de Campinas, sob a orientação de Clara. “Para sobreviver nesse meio, você precisa se impor, assumir seu lugar”, conta.
Cultura e tradições
Clara é profunda conhecedora não só do instrumento, mas da história dessas tradições culturais. “Luiz Gonzaga é o símbolo, mas também herdou a raiz ancestral do nosso povo e a sanfona está nesse lugar”. Ela explica a diferença da festa junina para o forró do ano todo: “A festa junina traz o cenário ancestral, e o público é toda a família, já no forró do ano todo não tem quadrilha, tem rasta-pé. É algo mais universitário”, explica. “O sanfoneiro é a estrela do São João, é quando a gente roda mundo, faz novos contatos, é chamado para shows maiores, ganha dinheiro e dá um upgrade na carreira”, revela.
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