Publicado em 05/11/2021 às 09h51 Brasil Cultura e lazer
Otis com seu principal instrumento, a bateria. Atua ainda como produtor musical a arte-educador
Foto: Arquivo Pessoal
Bárbara Garcia
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Otis Selimane é moçambicano, vem de uma família de professores, e seus pais o incentivavam a trilhar seus estudos na área de Engenharia Eletrônica.
Porém, o contato com a música começou logo aos sete anos: primeiro com piano, depois flauta doce. “Fui adicionando instrumentos à medida que fui
ampliando o conhecimento. Hoje, meu instrumento principal é a bateria, mas toco também instrumentos africanos originários, percussão popular e erudita”.
Ainda em Moçambique, ele formou-se na Escola Nacional de Música, e teve a oportunidade de começar a trabalhar já aos 14 anos. Na mesma época, fez sua primeira viagem fora de seu país, para o Zimbabwe, o que aumentou seu interesse pelas linguagens musicais.
Três anos depois, na época de escolher a graduação, decidiu que gostaria muito de estudar no exterior, e por pouco não foi para a Índia cursar Engenharia. “Gosto sempre de contar essa história, porque não venho de família de artistas. Na época não tinha noção do que era viver de música, mas fiquei encantado com tudo o que conheci no Zimbabwe”, conta.
Em 2015, veio para o Brasil, pensando na riqueza cultural daqui. “Admiro muito a cultura brasileira”. Morou um ano na cidade de São Carlos e depois veio para Campinas, na Unicamp, onde cursou a graduação em Música com ênfase em Bateria. “No dia a dia da profissão fui compreendendo que o ofício é muito mais do que estar no palco, tocando e performando”.
Hoje ele também trabalha com produção cultural através da sua própria empresa, cria cursos, atua como educador e palestrante. Além disso, almeja a se tornar professor universitário.
Ele conta que a pandemia, em um primeiro momento, fez os artistas pararem o ritmo em que se apresentavam, mas que esse período também foi importante para dar vasão ao seu lado criativo e empreendedor. “Eu percebi que precisava agir, mesmo sem saber qual seria o resultado nessa nova realidade”.
Foi aí que ele decidiu criar o primeiro festival online “Xiphefu em Casa”, e ainda lançou um curso de musicologia africana. Também compôs seu novo disco “Tumbuluku – saudação à origem”. Ele planeja vender CDs porque acredita que devemos valorizar o trabalho dos artistas, para além da internet.
Acompanhe o trabalho do Otis e da maneira plural como ele encara a Arte em geral, através do perfil no Instagram @otisselimaneremane.
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