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Matriarca da Família Barnabé ganha túmulo de brinde da Prefeitura no século XIX

Os indIndaiatubanos da época não queriam ser enterrados do lado direito do Cemitério da Candelária

 Publicado em  09/12/2022 às 16h20  atualizado em 09/12/2022 às 16h24 - Indaiatuba  Cidades


Cemitério da Candelária

Cemitério da Candelária
Foto: Tamires Ávila

Tamires Ávila

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Andriana Corne Barnabé foi a ganhadora do brinde lançado pelo prefeito de Indaiatuba em 1905 – um túmulo feito em granito rosa para o primeiro falecido e enterrado do lado direito do Cemitério da Candelária - que era chamado de Cemitério de Pedras, por conta do material que é feito o muro até os dias de hoje.

A historiadora Eliana Belo relata que ninguém queria ser enterrado do lado das pedras, pois as personalidades importantes e “adinheiradas” tinham seus jazigos erguidos do lado esquerdo, no Cemitério das Taipas. Então, a prefeitura anunciou o brinde, para finalmente inaugurar o Novo Cemitério que, naturalmente, precisava de um defunto.

Andriana já era idosa mas estava com a saúde em dia. A matriarca, que deu origem à vasta e tradicional família Barnabé, havia imigrado já viúva da Itália junto de seus 3 filhos e ficou sabendo da novidade em 11 de agosto de 1905, questionando: “Quem haverá de querer um presente desses?”, segundo narra Antonio da Cunha Penna em seu livro “Tipos Notáveis da Popularidade e algumas histórias mal contadas”. No mesmo dia, curiosamente, Andriana morreu após passar mal.

Fazenda da família era toda a extensão do Jardim Morada do Sol

Um dos 3 filhos de Andriana era Valeriano Barnabé, que iniciou a conhecida história dos Barnabés em Indaiatuba, após comprar duas fazendas: Bela Vista (posteriormente Santa Cândida) e Engenho D’Água, no Buru – atual Jardim Morada do Sol – onde a avenida principal leva o nome de Ário Barnabé, neto de Valeriano e, portanto, bisneto da matriarca Andriana.

Ário Barnabé herdou a fazenda Engenho D’Água de seu pai, assim ficando a propriedade na família Barnabé por 66 anos.  Parte dela era, no passado, a Fazenda Pau Preto, que pertencia a também tradicional de Indaiatuba: família Bicudo. Em entrevista ao Mais Expressão, a historiadora contou que os barnabés eram conhecidos por trabalharem com gado e, até hoje, há descendentes que seguem no mesmo ofício.

Galeria de mídia desta notícia

  • Cemitério da Candelária

    Cemitério da Candelária
    Foto: Tamires Ávila

  • Entrada do lado direito do Cemitério da Candelária, com muro de pedras

    Entrada do lado direito do Cemitério da Candelária, com muro de pedras
    Foto: Tamires Ávila

  • Avenida Ário Barnabé em 1987, 10 anos depois de Ário vender as terras

    Avenida Ário Barnabé em 1987, 10 anos depois de Ário vender as terras
    Foto: Reprodução

  • Foto de Andriana Barnabé em seu túmulo

    Foto de Andriana Barnabé em seu túmulo
    Foto: Tamires Ávila

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