Publicado em 13/02/2025 às 14h23 Indaiatuba Educação
Foto: Divulgação
A face se ilumina quando ela fala de sua grande paixão: a pesquisa clínica. São mais de duas décadas com os olhos azuis bem cravados no microscópio, em uma relação de intimidade com células, microrganismos em um universo minúsculo e fascinante para ela. “Eu me surpreendi quando entrei em contado com a tecnologia molecular e percebi que havia um mundo de possibilidades para proporcionar bem-estar às pessoas no diagnóstico e tratamento de doenças”, conta a pesquisadora Heveline Roesch, gerente de pesquisa clínica do InovaEduk, do Grupo UniEduK.
A pesquisa clínica, diferente que muitos imaginam, é algo próximo. Graças a ela é possível saber se um medicamento é seguro para o consumo, ou se uma lente de contato, não vai causar alergia, por exemplo. Medicamentos, cosméticos, pasta de dentes, vacinas, tudo envolve a pesquisa clínica.
Para uma pesquisa, os cientistas dedicam horas de estudo, análise, até chegarem a uma conclusão. No caso de Heveline, essa dedicação começou ainda como estudante de biomedicina, analisando mutações genéticas em pacientes com hepatite C, uma doença grave. Depois veio o mestrado acadêmico, o ingresso no doutorado, até chegar a gerente de pesquisa clínica do InovaEduk, hub de inovação do Grupo UniEduk, responsável pela gestão de pesquisa e inovação no Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) e no Centro Universitário Max Planck (UniMAX Indaiatuba).
Heveline é um retrato do que tem acontecido no Brasil inteiro nas duas últimas décadas: o aumento da participação das mulheres no meio científico. Os dados publicados em 2022 são a Elsevier Bori, agência de arquivo e mapeamento da produção científica mundial, e revelaram que publicação científica por pessoas do gênero feminino cresceu 29% nesse período.
A pesquisa também traz um dado revelador que é o Brasil na terceira posição entre os países com maior participação feminina na ciência entre as nações analisadas (18 países mais a União Europeia), ficando atrás apenas da Argentina e de Portugal.
No entanto, as mulheres enfrentam ainda muitos desafios no segmento científico, e um deles é conciliar a vida pessoal e acadêmica. Historicamente as mulheres tem mais cobranças sociais, e muitas vezes precisam conciliar maternidade, cuidados da casa e ciência.” Por isso a organização da agenda, horários e prioridades do momento fazem toda diferença para manter esse equilíbrio”, diz Heveline.
Mas nos países emergentes o desafio para uma vida equilibrada é ainda maior. Falta de apoio familiar, desafios financeiros e salários em desigualdade com os homens, colocam a vida acadêmica em risco. E veio daí a necessidade de dedicar o 11 de fevereiro como o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), que celebra a contribuição do gênero feminino à ciência e tenta sensibilizar a sociedade para promover a equidade de gênero na ciência. “Este é um cenário que demanda insistência e paciência, pois há uma remodelação mental a nível social e cultural, que leva tempo para acontecer” analisa Heveline.
A presença das mulheres na ciência, assim como em muitas outras áreas é um caminho sem volta, e com marcos que representam ganhos mundiais como a o desenvolvimento da primeira vacina contra a COVID-19, a partir de pesquisas da cientista húngara Katalin Karikó.
Os números e resultados são a prova que o apoio e reconhecimento da pesquisa científica feita por mulheres representam ganhos para toda sociedade. “Meus objetivos são altos, quero promover saúde e bem-estar para as pessoas, através da ciência e da inovação” reflete Heveline. “Afinal, um conhecimento publicado, é uma descoberta compartilhada.”
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