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Maior impacto da pandemia é o alto custo e falta de matéria-prima

Empresários de Indaiatuba já se dizem adaptados aos demais efeitos, mas ainda acumulam prejuízos

 Publicado em  14/05/2021 às 13h30  Indaiatuba  Economia


Eloy de Oliveira
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Por enquanto, a pandemia não passou. Já os problemas gerados por ela para a indústria de Indaiatuba começam a ser absorvidos com um aprendizado a duras penas dos empresários e colaboradores e graças a uma adaptação.

Vários empreendedores ouvidos pelo Mais Expressão disseram que o que mais impacta a produção hoje é o alto custo da matéria-prima e a sua falta no mercado, pois isto atinge todo o processo de produção e reflete no preço final.

É claro que outros fatores também influenciam, como a carga tributária elevada e dispersa em muitos tipos de impostos e a falta de escoamento de boa parte da produção por conta dos sucessivos fechamentos do comércio.

Mesmo assim, as empresas estão procurando se adaptar reduzindo pessoal, estoques e alongando prazos para absorver os prejuízos. Outra medida é a redução de preços e a criação de descontos para capitalizar.

Ajustes finos

Rodrigo Margoni, sócio-proprietário da Almaromi Viccino, afirma que os empresários foram obrigados a fazer um ajuste fino em todo o processo de produção para sobreviver.

“Tivemos que nos ajustar rapidamente, reforçando o nosso capital de giro com renegociações de prazos de pagamento e recebimento e reduzimos nossos estoques de forma a capitalizar a empresa”.

Para Sérgio Wolf, da WBV Plásticos, além dos ajustes internos, teve de haver um reforço na área de captação de clientes, uma vez que vários pararam ou encerraram atividades por não conseguirem resistir às dificuldades.

Vilson Luiz Fabris, que comanda as empresas Amore Jóias, Mettax e Metal Nobre, teve de recuar em 40% a produção para não descapitalizar, mas reclama de um percentual igual de redução no faturamento.

Beatriz Alves, da BR Goolds, destaca a sintonia com a sua equipe. “Neste processo todos somos vítimas e precisamos nos ajudar. Felizmente nossa equipe esteve sempre unida. Conseguimos driblar as dificuldades com isso”.

Planejamento

Valter José Espíndola, diretor-financeiro da Evapco Brasil - Equipamentos Industriais, afirma que o planejamento e a antecipação da indústria aos problemas gerados salvaram o negócio, mas a pandemia surpreendeu por ser novidade.

Para ele, a falta de informação dos poderes políticos foi um agravante na crise. “Quando você não sabe se terá de fechar ou não e se os colaboradores terão transporte, fica tudo mais difícil e vivemos isso o tempo todo”.

Beatriz Alves também reclama da falta de informação. Sua empresa mudou de regime tributário antes da pandemia. “Nossos impostos subiram de 12,65% para mais de 35% mês e eu não sei como eles cobram tudo isso”, diz ela.

Para Rodrigo Margoni, só as empresas que estavam mais sólidas financeiramente e que se anteciparam à crise com uma política de investimentos conseguem atravessar melhor esse momento, mas ele ainda é de aprendizado.

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