Publicado em 25/01/2019 às 09h33 Brasil Polícia
O ano mal começou e os acidentes com linhas de pipa já marcam a cidade. Somente no mês de janeiro já foram registrados, em Indaiatuba, três casos de pessoas que ficaram feridas com as linhas de cerol, sendo que um deles infelizmente veio a óbito.
O primeiro caso aconteceu na Rua Álvaro dos Santos, no Jardim América. A vítima foi o jovem Matheus Canova de 21 anos. “Eu estava voltando do trabalho quando senti a linha cortando meu nariz. Cheguei a derrapar na pista, mas não cai”, explica.
O segundo caso aconteceu na última sexta-feira, dia 18, na Avenida General Motors em que vitimou Vagner Pszybylsk ,de 22 anos, morador da cidade de Salto. Ele estava voltando do trabalho quando foi atingido pela linha sofrendo um corte profundo que atingiu a artéria central.
A Guarda Civil de Indaiatuba prestou os primeiros socorros juntamente com uma enfermeira que passava no local, mas ele acabou não resistindo e falecendo no local.
O terceiro caso aconteceu no último domingo, dia 20, no mesmo local. A vítima Rafael Gustavo estava voltando para Salto, por volta das 22h, quando sentiu uma linha no seu pescoço. A vítima ao tentar retirar a linha teve seu dedo cortado e no desespero quase caiu da sua motocicleta.
O Jornal Mais Expressão procurou a Secretária de Segurança Pública de Indaiatuba para informar quais são as medidas que estão sendo tomadas na cidade.
Defesa Civil
Em nota a pasta informou que “A Secretaria de Segurança Pública de Indaiatuba, através da Defesa Civil, realiza constantes ações de conscientização e orientações sobre o perigo do uso do cerol.
A nota diz ainda que “Para 2019 foi feito um acordo com a CPFL e as palestras serão ministradas em conjunto com a Defesa Civil e os programas Proerd e Viver também terão o tema cerol incluído no conteúdo”.
A pasta ainda enfatiza que “ A Prefeitura irá continuar e intensificar as campanhas de conscientização, orientação e fiscalização para coibir o uso de linhas cortantes. Soment em janeiro já foram apreendisos 63 rolos”.
No município o uso e ou comercialização do cerol é proibido conforme Lei 5.657/2009. Para contribuir com o trabalho da fiscalização as pessoas devem denunciar ligando no 153. Vale ressaltar que não é preciso se identificar.
Região também registram casos de acidentes com linhas de pipa
O quarto caso aconteceu na cidade Valinhos com menino Miguel de apenas 11 anos. O garoto teve um corte profundo no pescoço devido a uma linha chilena. “Meu filho Miguel estava aproveitando suas férias escolares andando de bicicleta com seus amigos e por volta das 18h uma linha de pipa caiu, cruzando a rua, no momento em que ele passava. A linha acabou cortando seu pescoço”, conta a mãe, Gisele Mendes. “Foi desesperador ver seu filho num momento de diversão pedir ajuda. Ele dizia ‘mãe me salva não quero morrer’. Eu coloquei ele no carro em 3 minutos chegamos na Santa Casa. Graças a Deus meu vizinho, que é brigadista, ajudou o Miguel a ficar consciente o tempo todo enquanto dirigia”, relembra.
Ainda segundo Gisele o seu filho só sobreviveu porque não pegou nenhuma artéria, caso contrário teria sido fatal. “Quero deixar claro que o ato de soltar pipas é um crime sim e silencioso, pois a linha que o cortou não tinha cerol, era a linha chilena muito mais grossa. Deveria haver mais denúncias para evitar esse tipo de acidente com mais pessoas. Pais não é uma brincadeira saudável, orientem seus filhos que soltar pipa pode matar”, enfatiza.
“Devemos ter um lugar apropriado para essa prática com medidas se segurança cabíveis, onde não venham ferir pedestres, ciclistas e motociclistas”, recomenda Gisele sobre esse tipo de atividade.
A Prefeitura de Valinhos informou que no dia do ocorrido a Guarda Municipal orientou aos pais a fazerem o boletim de ocorrência na delegacia e a prefeitura está pedindo para a população denunciarem quem está praticando este ato criminal e orientando as crianças através de palestras educativas.
A mãe do garoto nega que foi orientada a fazer o boletim de ocorrência pela Guarda Municipal. “Ninguém nos procurou dentro da Santa Casa de Valinhos para que eu registrasse o caso. Na hora eu perguntei para médico se eu tinha que fazer um boletim de ocorrência, ele me disse se eu tiver prova de quem estava soltando pipa sim caso contrário seria em vão, pois não teria como acusar ninguém”.
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