Publicado em 13/11/2025 às 13h47 Indaiatuba Variedades
Foto: Sirlei Faria/ MAIS EXPRESSÃO
Por Flávia Girardi
João Balda nos recebe em seu espaço recém-inaugurado em Indaiatuba com a calma de quem já entendeu que a arte não precisa de pressa. Enquanto passa um café, fala sobre o teatro como quem fala de um reencontro com a própria essência. “É meu lugar de conforto. Em cena, tudo mudou. Eu respiro melhor, vejo melhor, ouço melhor. O teatro me organizou”, diz com brilho nos olhos.
A relação de João com a arte nasceu quase por acaso, ainda no ensino médio. “Eu não era um bom aluno. Quebrava um galho ali, mas estava sempre no limite”, lembra. Até que sua mãe insistiu para que ele trocasse o vestibular de Direito por Artes Cênicas. “Ela disse: ‘você gosta disso, não precisa nem falar para estudar, você já chega pesquisando’. E ela estava certa.”
Do Conservatório de Tatuí à Escola de Arte Dramática da USP, construiu uma trajetória intensa que o levaria aos palcos, ao cinema e à televisão. Um divisor de águas veio com Linha de Passe, de Walter Salles. “O comportamento das pessoas começou a mudar. E eu falei: o negócio é importante, eu acho que o negócio vai ser. Mas eu não tinha noção do quanto.” O filme o levou a Cannes e para a capa da Folha de S. Paulo.
Em 2009, João entrou para a Oficina da Globo. De participações em séries como A Teia a novelas como O Astro, foi conquistando espaço. “Nunca me vi nesse lugar de galã. Fiz papeis que no fim torciam para ficar com a mocinha, mas não era sobre isso. Era sobre contar histórias.”
A virada veio novamente quando Fernando Meirelles o chamou para a série Felizes para Sempre. “Achei que o e-mail dele era vírus. Mas era verdade. Ele dizia que pensava em mim para um papel ao lado de Rodrigo Santoro, Juliano Cazarré, Adriana Esteves e Maria Fernanda Cândido. Aquilo foi outro divisor de águas.”
Mais tarde, a novela Haja Coração (2016) o tornaria conhecido do grande público. Mas João nunca perdeu de vista a profundidade do que o move. “O teatro juntou todos os meus cacos. É uma prática saudável, independente de carreira ou não. Teatro é terapêutico.”
Hoje, além da atuação, dedica-se a compartilhar essa experiência com sua cidade natal. Seu espaço em Indaiatuba é um convite ao encontro com a arte e consigo mesmo. “Eu vendo aqui o exercício de se conectar. Olhar no olho, conversar de verdade. Porque ninguém mais faz isso. O teatro é isso: autoconhecimento.”
Pai de um menino de cinco anos, João também reflete sobre a influência da tecnologia no cotidiano. “A internet tem um lado legal, mas também gera muita ansiedade e comparação. O teatro é o contrário: é foco, é presença. É voltar para o agora.”
Entre papéis marcantes e a rotina tranquila de sua cidade, João Balda reafirma a escolha que fez ainda jovem, incentivado pela mãe: seguir o caminho da arte. “Atuar, para mim, é emprestar meu corpo e minha voz para algo maior. É viver em profundidade. E isso, seja no cinema, na TV ou no palco, nunca perde o sentido.”
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