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Kátia Auvray colhe os frutos da 2ª edição de ‘Cidade dos Esquecidos’ 18 anos depois

Livro estava esgotado e se tornou referência sobre o antigo leprosário do Pirapitingui, em Itu, e agora tem procura intensa

 Publicado em  30/10/2023 às 10h53  Salto  Cidades


Escritora Kátia Auvray (centro), Cadeira 16, patronesse Cecília Meirelles, da Academia Saltense de Letras

Escritora Kátia Auvray (centro), Cadeira 16, patronesse Cecília Meirelles, da Academia Saltense de Letras
Foto: Divulgação

A experiência que a escritora Kátia Auvray, Cadeira 16, patronesse Cecília Meirelles, da Academia Saltense de Letras, está vivendo com o lançamento da 2ª edição do seu livro “Cidade dos Esquecidos – A Vida dos Hansenianos num Antigo Leprosário do Brasil” é o que de melhor pode acontecer a um autor: 18 anos depois da 1ª edição, o livro esgotou, se tornou referência e agora tem procura intensa.
Na Festa Literária e Cultural de Itu, a Flic, deste ano, em minutos ela vendeu vários exemplares e não só isso: conversou e conheceu diversas pessoas que têm ligações ou que conheceram outros que tinham com o foco do seu livro e essas pessoas ficaram satisfeitas com o resultado da pesquisa de campo, das entrevistas, das fotos e das histórias que ela captou ao longo de dois anos.
“Eu me dediquei a um trabalho que não tinha as mínimas condições e nem tinha segurança, mas fico feliz com os resultados que consegui. Quando lancei a primeira edição, já tinha recebido elogios de quem está ou esteve envolvido com aquele local e agora as pessoas vêm atrás da atualização que foi feita, o que é motivo de orgulho e da certeza do acerto para mim”, diz ela.


Marcas de vida
Dedicar-se a um trabalho de corpo e alma e ser ousada são marcas da trajetória da escritora, que de 70 anos, encantada com o que alcançou e que realizou ao longo da vida. Tanto que ela chegou a publicar uma crônica denominada “Me aposentei”, onde afirmava que desejava não fazer nada mais. Espantou a todos, que não acreditaram que seria possível.
E não foi mesmo: nem um mês depois, a escritora revela que já está navegando por novos caminhos. Diz que logo informará o que está planejando e ao que então se dedicará de corpo e alma novamente. Por ora, ela está dividindo essa nova empreitada com o sabor de chegar aos 70, ponto alto de uma trajetória que conseguiu escrever com letras maiúsculas por onde quer que tenha passado.  
Desde a menininha irrequieta nascida em Minas Gerais, que chegou a fugir de casa entre aspas aos 18 meses apenas para conversar com os vizinhos ou que tinha todos os dentinhos aos seis meses, até a escritora, pianista, professora e terapeuta holística respeitada, que vieram depois, ela sempre se destacou e deixou marcas que a fazem ser querida e festejada por antigos colegas.
Uma trajetória que passou por quatro Estados (Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo) e diversas atividades. O destaque como pianista, que foi por 15 anos, rendeu vários prêmios e um curso especial de alta interpretação com a celebrada Magdalena Tagliaferro. Foi também jurada de eventos carnavalescos e literários, além de fiscal de concursos públicos, em São Paulo.


Diversas funções
Atuou ainda no comércio, em grandes empresas de engenharia e construção, em outras de cobrança e na rede bancária. Coordenou o Museu da Cidade de Salto Ettore Liberalesso, onde criou e organizou o setor de pesquisas. Fez levantamentos históricos por mais de uma década para a Revista Campo & Cidade, com produção de mais cem reportagens. Até se descobrir professora.
Kátia Auvray se formou em História na época da ditadura militar, que foi transformada, por isso, em Estudos Sociais. A profissão lhe permitiu aprender as grandes histórias contadas pelos alunos sobre os seus sonhos, dificuldades, hábitos, misérias e riquezas. As aulas renderam conteúdo para espetáculos teatrais, grandes feiras, trabalhos fotográficos e de pesquisa, que se tornaram livros.
Ela escreveu também a coleção “Magia da História” – 5 livros infantojuvenis sobre a história de Salto; “Um lugar chamado Brasil” e “Vila Santa Terezinha”, sobre os bairros de mesmos nomes em Itu; “Reflexões - Pequenas Notas Sobre Grandes Temas”; diversas participações em coletâneas, como “Roda Mundo”, em Sorocaba, as três últimas da Academia Saltense e crônicas para sites regionais.

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