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Janeiro Branco alerta a população para o cuidado à saúde mental

O tema da campanha de 2025 é “O que fazer pela saúde mental agora e sempre”

 Publicado em  16/01/2025 às 10h17  Indaiatuba  Cidades


Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade

Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade
Foto: Divulgação

Por Mayara Piperno

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O Janeiro Branco é uma campanha nacional que visa conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e emocional. A campanha, criada em 2014 pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão, tem como objetivo sensibilizar a população para a importância do bem-estar psicológico, estimular a busca por cuidados especializados quando necessários e alertar para a prevenção de doenças como ansiedade, depressão e pânico.

Dados recentes mostram que o Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, com 9,3% da população afetada, o que equivale a cerca de 18 milhões de brasileiros.

Para a psicóloga clínica, assistente técnica e perita psicóloga, Katia Precoma, a pandemia de COVID-19 agravou a saúde mental das pessoas, aumentando os casos de depressão, ansiedade e estresse. “A campanha Janeiro Branco é um momento para conscientizar sobre a importância de cuidar da saúde mental e emocional. A depressão é uma preocupação crescente, agravada pelo impacto da pandemia de COVID-19, que levou a um aumento de 25% nos casos de transtornos mentais no país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A campanha Janeiro Branco incentiva a prevenção e o tratamento adequado dos transtornos mentais e reduz o estigma que ainda cerca as doenças emocionais”.

 

Quando procurar ajuda

  • Alterações de humor, como tristeza profunda, irritabilidade ou euforia desproporcional;
  • Dificuldades para se relacionar com a família, amigos ou parceiro;
  • Dificuldades para gerenciar tarefas diárias;
  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  • Isolamento social;
  • Alterações no sono, na alimentação ou na vida sexual;
  • Pensamentos suicidas ou de autolesão;
  • Dores de cabeça recorrentes, dores de estômago ou baixa resistência;
  • Consumo excessivo de álcool ou drogas.

 

 

Algumas faixas etárias e grupos específicos precisam de mais atenção quando se fala de saúde mental.

 

Adolescentes

A adolescência é um período de muitas mudanças físicas, emocionais e sociais. Os adolescentes podem ser vulneráveis a problemas de saúde mental, como depressão, automutilação e suicídio. Fatores como a violência, a pobreza, o abuso e a pressão dos parceiros podem contribuir para o estresse dos adolescentes.

 

Pessoas mais pobres e desfavorecidas

Pessoas mais pobres e desfavorecidas têm maior risco de problemas de saúde mental. Essas pessoas também são as menos propensas a receber serviços adequados.

 

Idosos

Idosos de 75 anos ou mais podem ter um aumento na proporção de pessoas diagnosticadas com depressão.

As estatísticas sobre a saúde mental no Brasil apontam que:

. O Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina;

. O Brasil é o país com maior prevalência de transtornos de ansiedade no mundo;

. A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano entre 2011 e 2022;

. A taxa de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentou 29% a cada ano entre 2011 e 2022;

. 52% dos brasileiros acreditam que a saúde mental é o principal problema do país.

 

Como cuidar da saúde mental

Para cuidar melhor da saúde mental é aconselhável manter uma frequência de exercícios físicos de pelo menos três vezes por semana ajuda todo o corpo – inclusive o cérebro. É comprovado cientificamente que aliar uma alimentação balanceada às atividades físicas é uma medida que ajuda a combater transtornos mentais.  “Assim como uma casa precisa de pilares fortes, a nossa saúde mental depende de alguns pilares essenciais: prevenção, percepção e tratamento”, ressalta Katia.

A escola é o ambiente mais estratégico para promover saúde mental para crianças e adolescentes. Isso pode ser feito pela promoção de rodas de conversa, nas quais os alunos possam falar sobre emoções e sentimentos. De acordo com a psicóloga, ao identificar sinais de sofrimento psíquico, é importante que a escola entre em contato com a família do aluno para relatar a situação e reforçar a importância de suporte especializado.

“Enquanto governo devemos promover ações de prevenção ao bullying e implementar educação socioemocional nas escolas.  Além dos alunos, é essencial ter atenção à saúde mental de professores e demais funcionários na escola. Afinal, eles são os responsáveis pelo funcionamento da instituição e pelo processo educacional dos estudantes. Por isso, precisam estar em equilíbrio para desempenhar as funções com qualidade e bem-estar.”, destaca Katia Precoma.

 

Quando o assunto são as empresas, as boas práticas incluem a adoção do horário flexível, do bloqueio da agenda no intervalo do almoço, da avaliação periódica da carga de trabalho, da permissão de folgas, de grupos de conversa e de práticas terapêuticas – tais como massagem ou yoga – presenciais ou on-line.

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  • Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade

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    Foto: Divulgação

  • Katia Precoma é psicóloga clínica, assistente técnica e perita psicóloga

    Katia Precoma é psicóloga clínica, assistente técnica e perita psicóloga
    Foto: Divulgação

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