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IPCTI representa o estado de SP em estudo sobre realidade virtual no tratamento de TDAH

Pesquisa investigará como game pode influenciar na melhora de atenção e função cognitiva de jovens com a condição

 Publicado em  17/12/2024 às 10h24  Indaiatuba  Saúde


Foto: Divulgação

O Instituto de Pesquisas Translacionais de Indaiatuba (IPCTI), do Grupo UniEduK, será o único do estado de São Paulo a participar de um estudo que analisará os impactos da realidade virtual no tratamento de pacientes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A pesquisa vem sendo realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O IPCTI ficará responsável pela coleta de dados deste estudo, fornecendo informações essenciais para os resultados da pesquisa. Prevista para começar em fevereiro de 2025, a pesquisa investigará como um jogo de realidade virtual, desenvolvido pela Move Sapiens, pode impactar os sintomas de TDAH em jovens de 12 a 17 anos, especificamente na melhora da atenção e das funções cognitivas.

De acordo com o médico Dr. Márcio Sanches, que é diretor de pesquisa e inovação do Grupo UniEduK e CEO do InovaEduK, que faz a gestão do IPCTI, a ideia é mobilizar docentes e alunos, ofertando bolsas para a participação no projeto.

“Conseguimos a partir dessa parceria trazer esse estudo para Indaiatuba. É um projeto novo, uma tendência hoje em dia, principalmente quando falamos de transtornos mentais, que é incorporar tecnologia como o arsenal disponível para tratamento desse tipo de patologia. Acreditamos que teremos resultados bem interessantes, trazendo benefícios reais para os pacientes que serão acompanhados ao longo de alguns meses por esse programa”, explica.

Com a primeira experiência, a ideia é rastrear outros projetos e trazê-los para dentro do IPCTI. “Após esse estudo, podemos buscar outras formas de pesquisar incorporação tecnológica para tratamento de alguns distúrbios, que a gente sabe que podem ser impactados de maneira positiva com essas novas tecnologias que estão surgindo, como metaverso e inteligência artificial, por exemplo”, destaca Sanches. 

O estudo na prática

O TDAH afeta milhões de pessoas em todo o mundo, influenciando diretamente na atenção, controle de impulsos e no desenvolvimento de atividades no dia a dia. No entanto, a realidade virtual, que é conhecida por suas aplicações em jogos e entretenimento, surge com grande potencial no campo clínico, pois permite a criação de ambientes simulados e controlados, onde pacientes podem praticar habilidades como concentração, organização e autorregulação emocional de forma imersiva e personalizada.

E o estudo que o IPCTI integrará, visa analisar justamente como essa inovação pode auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias de tratamento para essa condição.

Para a realização da pesquisa, algumas etapas serão seguidas. Por exemplo, a seleção dos participantes contará com uma avaliação inicial realizada no laboratório, quando cada jovem passará por várias sessões que incluirão entrevistas, questionários detalhados, treinamento introdutório sobre o jogo e uso de óculos de realidade virtual.

Na sequência, cada participante realizará quatro semanas de treinamentos em casa, usando o jogo sob supervisão remota da equipe de pesquisa, que fará o monitoramento do progresso e a aderência ao tratamento à distância.

Por fim, haverá uma reavaliação final no laboratório para medir mudanças e progressos.

“A realidade virtual pode ser um recurso terapêutico muito eficaz, pois oferece uma abordagem alternativa ou complementar para jovens com TDAH. Ao contrário de tratamentos tradicionais, que nem sempre atraem o interesse dos jovens e possui baixo risco de efeitos adversos, ela cria um ambiente interativo que facilita o engajamento e torna o tratamento mais envolvente e menos monótono”, explica a pesquisadora responsável por conduzir o estudo no IPCTI, Dra. Luana Farias Oliveira Saunders.

“A possibilidade de projetar atividades específicas para desenvolver habilidades de atenção, autocontrole e capacidade de concentração, tudo em um ambiente seguro e monitorado, pode facilitar a adesão e tornar o processo de tratamento mais dinâmico. A realidade virtual e aumentada, portanto, pode transformar a forma como o TDAH é abordado e melhorar significativamente os resultados do tratamento”, conclui.

 

Vantagens para jovens com TDAH

Existem alguns benefícios esperados pela pesquisa, que utilizará uma dinâmica imersiva para promover possíveis efeitos terapêuticos nos pacientes. Entre eles, estão:

  • Melhora da atenção e controle inibitório: o jogo estimula a autorregulação ao exigir foco e tomada de decisão rápida, promovendo maior controle inibitório e capacidade de manter a atenção em tarefas específicas;
  • Desenvolvimento da função cognitiva: a interação no ambiente virtual estimula áreas do cérebro relacionadas à memória de trabalho e flexibilidade cognitiva, contribuindo para um melhor desempenho em atividades acadêmicas e cotidianas;
  • Impacto positivo na qualidade do sono: a abordagem terapêutica pode ajudar a reduzir níveis de hiperatividade noturna, promovendo um sono mais reparador, essencial para a recuperação física e mental.

 

Sobre o IPCTI

O Instituto de Pesquisas Clínicas e Translacionais de Indaiatuba (IPCTI) comtempla a gestão de estudos clínicos, direcionado principalmente à indústria farmacêutica, que envolve desde a documentação, monitoramento do protocolo e procedimentos estabelecidos para o estudo, garantindo a qualidade de cada processo.

Agindo como interveniente administrativo e como gestor de centros de pesquisa clínica, o InovaEduK tem por objetivo promover o desenvolvimento regional do setor e ampliar as oportunidades e experiências com pesquisa, junto aos alunos, docentes e colaboradores do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ) e do Centro Universitário Max Planck (UniMAX Indaiatuba), ambos do Grupo UniEduK.

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