Publicado em 21/11/2024 às 15h18 Brasil Economia
Foto: Sebastião Moreira/EFE
A inflação acelerou para 0,56% em outubro, uma alta de 0,12 ponto percentual em relação aos 0,44% de setembro. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os números vieram ligeiramente acima da estimativa do mercado, que esperava uma variação de 0,54% no período.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA foi puxado pela alta no grupo habitação (1,49%). No mês, houve a vigência da bandeira vermelha de energia, pressionando o preço da conta de luz, que subiu 4,74% no período. Os alimentos, principal peso na cesta do índice de inflação, também mexeram no bolso dos brasileiros. O grupo registrou alta de 1,06%, puxado pela forte alta das carnes, que ficaram 5,81% mais caras.
No ano, a inflação acumulada é de 3,88% e, nos últimos 12 meses, de 4,76%, acima do teto da meta, que é de 4,5% para este ano. A desancoragem da inflação é o principal motivo para o ciclo de ajuste monetário promovido pelo Banco Central. Na última reunião, o Copom aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano, e indicou que mais altas estão no horizonte.
Resultado
“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta 7,87 reais a cada 100 kWh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente 4,46 reais”, destaca André Almeida, gerente do IPCA e do INPC.
O grupo de alimentação e bebidas registrou alta de 1,06%, com aumento de preços na alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro. “O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, além de um elevado volume de exportações”, explica Almeida. Foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.
A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,65%, registrou variação superior à de setembro (0,34%). O subitem refeição acelerou de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche acelerou de 0,67% para 0,88%.
Por outro lado, a única queda registrada em outubro veio de transportes, com taxa de -0,38% e -0,08 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi influenciado principalmente pelas passagens aéreas, com queda de -11,50% nos preços e -0,07 p.p. de impacto no índice geral.
Com informações do portal Veja Negócios.
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