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Indaiatuba se prepara para a verticalização, tendência que já está chegando ao interior

Discussão é pauta de destaque na atualização do Plano Diretor e movimenta o mercado imobiliário

 Publicado em  24/09/2021 às 08h36  Indaiatuba  Cidades


Hoje a cidade tem 258 edifícios verticais em funcionamento e outros 22 aguardam análise técnica e liberação

Hoje a cidade tem 258 edifícios verticais em funcionamento e outros 22 aguardam análise técnica e liberação
Foto: Arquivo/PMI

Eloy de Oliveira 
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A verticalização começa a se tornar uma tendência cada vez mais forte em Indaiatuba, tanto que a discussão já é pauta de destaque no processo de atualização do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Para o secretário de Serviços Urbanos e Meio Ambiente da Prefeitura, Guilherme Gaspar Magnusson, a tendência é vantajosa, pois o maior adensamento com os prédios diminui investimentos do governo em infraestrutura.

A Prefeitura registra um aumento de procura pela verticalização, mas não divulga números precisos. Hoje a cidade tem 258 edifícios verticais em funcionamento e outros 22 aguardam análise técnica e liberação.

Estudo

Levantamento divulgado em agosto pelo Centro de Estudos da Metrópole aponta que a capital paulista registrou mais residências em prédios que em casas em 2020 e Campinas já é a cidade com maior verticalização do interior.

Os números sobre Campinas são da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, que apurou também que as grandes cidades do interior escolhem prédios mais pelo preço, localização e segurança.

Indaiatuba vai na mesma linha, mas ainda tem predomínio de construções horizontais, segundo a delegada do Crecisp (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo), subsede Indaiatuba, Elaine Branco.

O arquiteto Cláudio Diogo entende que não há como fugir da verticalização, já que ela torna o investimento do comprador mais em conta pela facilidade da infraestrutura, pelo fracionamento do terreno e pelo coletivo.

Além disso, a Prefeitura também incentiva por investir menos em serviços públicos a serem ofertados ao cidadão e por lucrar mais impostos com base em uma lei municipal que taxa construções acima do 7º pavimento.

Avaliação

A tendência pela verticalização requer uma atenção redobrada com o planejamento, segundo o arquiteto Cláudio Diogo. “Se há vantagens, há também desvantagens e uma coisa pode inviabilizar outra”, afirmou.

Um exemplo é o estresse causado pelo grande movimento dos centros urbanos. A pandemia evidenciou o impacto físico e mental do local de moradia. Ambientes fechados, pequenos e barulhentos angustiam.

Outro problema é a necessidade de uma oferta maior de água e de coleta de esgoto, já que os prédios potencializam tudo, afirmou a arquiteta e urbanista Suzy Alves.

Envelhecimento da população leva à mudança de hábitos e de moradia

Quando fala que não se pode fugir da verticalização, o arquiteto Cláudio Diogo refere-se a uma tendência que vem de mudanças naturais de comportamento da população, como o envelhecimento.

“O sujeito se casa e constrói uma família. Depois vêm os filhos. Então é necessária uma casa grande e espaço. Daí os condomínios fazerem tanto sucesso por aqui. Mas os filhos se casam e vão embora”, disse ele.

Com a solidão causada por essa mudança, os casais tendem a querer morar perto de tudo, onde haja segurança e também seja mais fácil de manter a limpeza e a manutenção, o que é muito diferente de uma casa.

A arquiteta e urbanista Suzy Alves, sócia do escritório Norden Arquitetura, avalia que o planejamento sustentável é o caminho para tornar essa opção a partir de comportamentos mais acessível e mais convincente.

“É possível neutralizar a redução de áreas verdes e o comprometimento do lençol freático, além dos impactos no trânsito, com prédios inteligentes, mais modernos e com a atualização do Plano Diretor”, afirmou.

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  • Hoje a cidade tem 258 edifícios verticais em funcionamento e outros 22 aguardam análise técnica e liberação

    Hoje a cidade tem 258 edifícios verticais em funcionamento e outros 22 aguardam análise técnica e liberação
    Foto: Arquivo/PMI

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