Publicado em 14/11/2015 às 09h00 Indaiatuba Saúde
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Indaiatuba registrou até agora 15 casos de caxumba no ano, sendo duas pacientes crianças e 13 adultos. Depois do surto da doença na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) nos últimos meses, os postos locais ficaram em alerta, porém a Pasta informou que não houve movimento além do normal e somente estes casos notificados no Sistema Único de Saúde (SUS). Vale lembrar ainda que não são notificados ao órgão os casos da rede privada.
Do total de casos, um foi registrado em janeiro, três em junho, dois em julho, três em agosto, três em setembro e três em outubro.
A coordenadora da pediatria da Rede Municipal de Saúde, a médica Mônica Inocência Lisboa, explica que a caxumba é uma doença contagiosa e é desenvolvida pelo vírus chamado Paramyxovirus, que provoca inflamação não só nas glândulas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais.
A doença pode ser contraída por qualquer pessoa, independente da faixa etária, e é transmitida através da fala, respiração, espirro ou qualquer outra forma de contato com quem está com o vírus ou objetos que o mesmo tenha tido contato. A maioria dos casos é registrado no inverno e começo da primavera.
O período de incubação de quem está com o vírus é de duas a três semanas. Nesse período, os médicos alertam para que o paciente fique em total repouso e isolado, visando a não contaminação de outras pessoas. É recomendado ainda a ingestão de muito líquido e evitar alimentos cítricos.
Durante a doença, também pode acontecer a inflamação dos testículos ou do ovário, que antigamente era atribuído pelas pessoas quando a “caxumba descia”.
Mônica explica que isso acontece quando há alguma complicação e a doença atinge o pâncreas e/ou cai na corrente sanguínea. “Essas complicações são raras, mas podem acontecer. Assim como a infertilidade, tanto nas mulheres quanto nos homens”, salienta. “As grávidas que pegarem a doença precisam redobrar os cuidados e, caso não tenham sido vacinadas, não podem ser imunizadas, pois há o risco de aborto.”
A médica explica que os sintomas iniciais da doença lembram muito uma virose, como febre, mal estar e falta de apetite. Após as primeiras 48 horas tem início ao conhecido inchaço e é nesta hora que o paciente percebe que se trata de caxumba.
Por ser um vírus não existe tratamento da doença, explica Mônica, e sim a vacina que deve ser tomada com um ano de vida e uma segunda dose após três meses. “Durante o período da doença o que existe são tratamentos sintomáticos, ou seja, a pessoa teve febre nós receitamos o antitérmico, se sente dor poderá tomar o analgésico, e assim por diante.”
A vacina de nome Tríplice Viral (protege contra a caxumba, rubéola e sarampo) é gratuita e faz parte do calendário dos postos de saúde da cidade. A segunda dose, a Tetra Viral, deve ser tomada três meses depois e protegerá também contra a catapora. Quem não foi imunizado quando criança pode ir até as unidades e se vacinar.
A imunização, no entanto, não significa que a pessoa não terá caxumba, mas sim que ela virá “mais leve”. Para quem já teve a doença, a possibilidade de ser infectado novamente é extremamente rara.
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