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Indaiatuba oferece espaços voltados à promoção de suporte à saúde mental

Suicídio é considerado a segunda principal causa de morte entre os jovens brasileiros na última década

 Publicado em  20/06/2024 às 16h10  Indaiatuba  Saúde


Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

Rayane Lins

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A taxa de suicídios entre jovens brasileiros de 10 a 24 anos aumentou no ritmo de 6% ao ano na última década. O grupo apresentou o maior crescimento entre todas as faixas etárias e o aumento médio observado na população geral durante o período foi de 3,7% a cada 12 meses.

Atualmente, o suicídio é considerado a segunda principal causa de morte entre os jovens brasileiros de 15 a 29 anos e estima-se que a cada 46 minutos uma pessoa tire a própria vida em algum lugar do mundo. Trata-se de um fenômeno complexo, produtor de uma epidemia silenciosa que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete no mundo cerca de 800 mil pessoas por ano. Entretanto, esse grande problema de saúde pública pode ser prevenido por meio de ações que visem a promoção do bem estar e da saúde mental.

Em Indaiatuba, a Prefeitura oferece espaços voltados à promoção de suporte à saúde mental e espaços de acolhida ao público em geral, como:

- Unidades Básicas de Saúde: acolhimento; escuta qualificada com intervenção breve; educação em saúde voltada para atividades coletivas com eixos temáticos abordando o cuidado com a saúde mental; ações intensificadas nos meses da saúde; atendimento compartilhado com a rede com elaboração de Projetos Terapêuticos Individuais; atendimentos com acompanhamento longitudinal da equipe multidisciplinar. 

- Projeto CONEMO: foco na identificação precoce de sinais de alerta para depressão, ansiedade e insônia e potencialidade para ideação suicida, utilizando aplicativo digital e monitoramento através das UBSs; atendimento psicológico individualizado e parceria de integração ensino-serviço do curso de psicologia para atendimento individualizado.

- Programa Dignamente: encontros com o objetivo de ofertar um espaço para conscientizar, orientar e instrumentalizar a comunidade para o autocuidado em Saúde Mental, favorecer o diálogo, a construção coletiva e o suporte mútuo entre os participantes do projeto, além de triar e monitorar os casos que precisam de atenção especializada.

-Hospital Dia: atendimento psiquiátrico individualizado

- Centro Escola de Especialidades Médicas: atendimento individualizado de psicologia e psiquiatria com abordagem de transtornos relacionados à saúde mental.

- Equipe E-Multi: realiza Oficinas voltadas para Saúde Mental, atendimentos individualizados, atendimentos compartilhados com a equipe, elaboração de Projetos Terapêuticos Singulares e atendimento de casos de maior complexidade.

 - CREAS (Centro de Referência Especializada em Assistência Social) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

- Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) - três unidades (álcool e drogas, infantojuvenil e CAPS II): acolhimento, atendimento coletivo e individualizado com elaboração de Projetos Terapêuticos com a equipe multidisciplinar, Programa de Residência Médica em Psiquiatria promovendo atendimentos individualizado e oficinas de atividades coletivas (atividades psicomotoras, de compartilhamento, arteterapia, entre outras).

- Em situações de urgência e emergência: UPA 24H, PA-HD, Central de Ambulâncias (192) e Corpo de Bombeiros (193).

Sinais

Segundo a Psicóloga Clínica, Assistente Técnica e Perita Psicóloga, Kátia Precoma, muitos fatores podem aumentar ou diminuir o risco de suicídio, já que ele está normalmente ligado a outras formas de lesão, violência e distúrbios mentais.

Ainda segundo a profissional, as pessoas que se sentem suicidas são dominadas por emoções dolorosas e intensas, sentimentos esses que são muito comuns em casos de depressão, e veem a morte como a única saída, tendo em vista o fato de que o suicídio é uma ou a única “solução” permanente para um estado temporário.

Os sinais de alerta nem sempre são óbvios e podem variar de pessoa para pessoa. São apenas sinalizadores, não o diagnóstico em si, podendo nem estarem presentes e não indicarem necessariamente risco de suicídio. Mas como são comumente associados ao perfil, vale a pena serem observados e conhecidos.

Entre os sinais que podemos observar estão: depressão ou outros transtornos mentais; falar direta ou indiretamente sobre querer morrer; aumento do isolamento social; mudanças significativas na aparência e higiene; ter doença incapacitante; receber diagnóstico de doença; crises econômicas e dívidas familiares; perda de laços familiares; desemprego; humilhação; luto ou perda de entes queridos; agressividade e impulsividade; histórico de internação com quadro depressivo; histórico de abuso de álcool e outras drogas; e alteração constante de humor.

“A depressão está ligada a mais da metade das tentativas de suicídio, muitas vezes, é silenciosa e não percebida pela própria pessoa ou por familiares e pessoas próximas. Alguns sérios problemas estão ligados ao transtorno, como frustrações, angústias, problemas decorrentes do comportamento como o uso de álcool, drogas e muitos outros. Apesar de vários transtornos mentais serem associados ao suicídio, os quadros que mais se aproximam são o da depressão e de outras doenças onde a depressão se apresenta, como é o caso do transtorno bipolar”, destaca a psicóloga.

 

 

 

 

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  • Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil

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