Publicado em 08/02/2013 às 00h00 atualizado em 08/02/2013 às 11h55 - Indaiatuba Cultura e lazer
DA REDAÇÃO
Uma brincadeira que ganhou adeptos e mais de 15 mil ‘curtidas’ no Facebook, a página Indaiatuba Não é Praia está no centro das discussões da rede social. Repercussão que fez com que um morador de Indaiatuba, natural de Minas Gerais, resolvesse ampliar o trabalho e ampliar o seu conteúdo para um site. Para falar um pouco mais sobre este novo projeto, o jornal Mais Expressão bateu um papo com Otávio César, idealizador da fan page que agora ganha uma nova roupagem.
Otávio conta que a ideia surgiu em um dia qualquer, de forma espontânea. “Eu tinha um bom público no meu perfil pessoal do Facebook. Um dia eu estava sem fazer nada e tive a ideia de fazer uma publicação sobre a cidade, que rendeu vários compartilhamentos e curtidas”, recorda. “Depois disso tive a ideia de fazer a página. Algo totalmente espontâneo, nada premeditado. Assim criei o Indaiatuba Não é Praia, com conteúdos relacionados somente ao que acontece na cidade, mas voltado ao humor, porque era o que mais repercutia. Postava duas ou três vezes por semana”, conta.
O jovem de 22 anos, estudante de Direito, comenta que antes mesmo de criar a página já gostava bastante de humor. “Eu sempre gostei desse humor meio ácido, que apresenta os problemas à sociedade”, ressalta. “Um dos que mais gosto é o CQC (programa de humor da Rede Bandeirantes), até porque ele denuncia os problemas através do humor, algo que procuramos fazer no Indaiatuba Não é Praia”, afirma.
Em pouco tempo, a repercussão da página surpreendeu Otávio. “Não imaginava que seria tanto, em tão pouco tempo. Em três meses, mais ou menos, já acumulava cinco mil curtidas, foi muito rápido”, destaca, aproveitando para explicar a origem do nome da página. “Na verdade, sou de Minas Gerais, e desde quando ouvi falar em Indaiatuba já imaginava que fosse confundida com praia por causa do final do seu nome, que lembra também Ubatuba”, conta. “Quando falei aos meus amigos que mudaria para cá, os moradores de Minas me questionavam se era praia. E depois que cheguei em Indaiatuba, o pessoal me perguntava como estava a praia”, explica.
MARCA
A confusão logo virou marca. “Imaginava que fosse só comigo está confusão, mas conheci algumas pessoas que me falaram que o mesmo já havia acontecido com eles, então percebi que era algo comum”, lembra. “Então decidi intitular a página de Indaiatuba Não é Praia, porque todo mundo ia entender, ter a percepção do que eu estava falando”, conta.
Mesmo com a repercussão, Otávio assume que o Indaiatuba Não é Praia não agrada a todos. “Na página do Facebook, algumas postagens às vezes não agradam, então existem comentários”, relata. “Mas pelo fato até mesmo de ter parceiros publicitários, não respondo. Sei também que, às vezes, o que eu postar pode gerar problemas, então evito responder.”
Otavio recorda uma reivindicação feita pela página que se transformou em protesto. “Era época de Eleições, em 2012, e por causa dos ‘santinhos’ jogados na rua e em frente a escolas, um senhor caiu e se machucou. Daí acabei postando fotos dos ‘santinhos’ nas ruas e calçadas, para orientar o pessoal”, relata. “Assim surgiu a ideia de fazer um protesto. Começamos a espalhar no Facebook que era para juntar os ‘santinhos’, colocar em um saco de lixo preto e amarrar, para levarmos na frente da Prefeitura”, continua.
Mas a iniciativa não foi bem recebida pela Administração Pública. “Era uma forma de chamar a atenção para o problema. Só que ao chegar à Prefeitura, não nos deixaram fazer o protesto. Tínhamos até levado a TV Sol para gravar tudo, só que não pudemos fazer”, recorda. “Depois disso, não sei se por causa do protesto, foi criada uma Lei Municipal que proíbe jogar os santinhos nas ruas e escolas”, lembra. “É bacana poder ajudar com algo bom, positivo para a cidade. Mesmo que não consigamos uma resposta positiva para o problema, ao menos tentamos resolvê-lo.”
Site lança campanha para denunciar maus motoristas
Com um ano de atividade no Facebook, Otávio sentiu a necessidade de se dedicar ao projeto e em parceria com a Websites Indaiatuba, criou o site Indaiatuba Não é Praia. “Depois de um ano de página, o projeto do site surgiu em 2013. No Facebook as postagens eram mais breves. Com o site, o carro-chefe continua sendo o humor, mas podemos abranger mais determinado assunto, incluir notícias, denúncias, sempre de maneira bem humorada”, afirma. “Temos alguns espaços publicitários no Facebook. No site, ainda estamos no início dos trabalhos, mas podemos ter algumas parcerias.”
Otávio conta que se dedicará mais ao site e outros projetos relacionados ao Indaiatuba Não é Praia. “Vou manter a página no Facebook para atrair o público para o site, que é o foco”, revela. “Temos um novo projeto em fevereiro, que é o Selo IndaiatuBRAÇOS. Vamos distribuir adesivos e a pessoa que ver um carro estacionado errado ou cometendo alguma barbaridade, cola o selo no veículo”, conta. “O objetivo principal é chamar a atenção do motorista para as suas responsabilidades.”
O estudante afirma ainda que já pensou em aumentar a abrangência do site, expandindo-o para novos municípios. “Seria mais fácil em termos de conteúdo, mas para abranger outro cidade é preciso conhecê-la bem, morar ou ter morado um tempo no local para saber o que acontece por lá”, enfatiza. “Também já pensamos em produzir vídeos, com pessoas enviando suas denúncias, por exemplo”, revela. “Então, por enquanto, o foco é Indaiatuba.”
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