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Indaiatuba mantém força exportadora, mas déficit comercial segue elevado na RMC

Saldo comercial segue negativo, mesmo com alta nas exportações de produtos das cidades da região

 Publicado em  28/09/2025 às 08h00  Indaiatuba  Cidades


Nos últimos 12 meses, o município exportou US$ 832,42 milhões

Nos últimos 12 meses, o município exportou US$ 832,42 milhões
Foto: Divulgação

Flávia Girardi

As exportações da Região Metropolitana de Campinas (RMC) avançaram 20,2% em agosto de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Observatório PUC-Campinas. O desempenho positivo, puxado sobretudo por produtos de média-alta e alta complexidade tecnológica, mostra a resiliência da região nas vendas externas. No entanto, as importações, que cresceram 8,06%, mantêm a balança comercial em terreno deficitário, com aumento de 3,57% no saldo negativo.

Indaiatuba tem papel relevante nesse cenário. Nos últimos 12 meses, o município exportou US$ 832,42 milhões, mas importou quase o dobro: US$ 1,534 bilhão. Esse desequilíbrio reflete a forte demanda da indústria local por insumos e equipamentos de maior valor agregado, em especial do setor automotivo e de tecnologia, o que contribui para a pressão sobre a balança comercial regional.

Produtos de destaque

Entre os principais itens exportados pela RMC no acumulado, aparecem medicamentos em doses (+32,9%), carros de passageiros (+28,3%), pneus (+32,6%) e compostos de metais preciosos (+136,6%). Já produtos como máquinas autopropulsoras (-1,5%) e partes e acessórios de veículos automóveis (-7,6%) registraram retração.

Esse perfil de exportações evidencia o fortalecimento de setores ligados à inovação, ao mesmo tempo em que a dependência de importações de alta tecnologia segue elevada, reforçando a necessidade de maior competitividade da produção regional.

Relações internacionais

No comércio exterior, os Estados Unidos seguem como parceiro estratégico, mas com desafios. As exportações da RMC para o país caíram 10,25% em agosto, enquanto as importações vindas de lá aumentaram 12,96%. O déficit com os norte-americanos alcançou o maior patamar da última década.

Outros mercados, como Alemanha (+48,5%) e Argentina (+18,8%), apresentaram crescimento expressivo, ampliando o leque de oportunidades para os exportadores da região.

Origens das importações da RMC

No acumulado de 12 meses, a RMC importou principalmente da China (US$ 4,72 bilhões, 26,9% do total), cujas compras avançaram 26,5%, e dos Estados Unidos (US$ 2,79 bilhões, 15,9% de participação), com expressivo aumento de 32,4%. A Índia também se destacou, com crescimento de 46,9% nas vendas para a região.

Na contramão, países como Coreia do Sul (-9,5%), França (-7,1%) e Vietnã (-16,7%) registraram queda nas exportações para a RMC.

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