Publicado em 15/02/2024 às 10h14 Indaiatuba Política
Arthur Spíndola, autor da lei municipal que torna proibido qualquer atividade envolvendo o material cortante
Foto: Divulgação
A Câmara dos Deputados aprovou no começo deste mês um projeto de lei que proíbe a fabricação, a comercialização e o uso de linhas cortantes em pipas, fixando pena de detenção e multas. A proposta agora está no Senado. Entretanto, em Indaiatuba, um projeto similar de autoria de Arthur Spíndola, então vereador, já é lei desde 2020.
O texto municipal é ainda mais completo, já que inclui como infração, o trânsito de qualquer material cortante, como cerol, linha chilena e linha indonésia. A multa para quem fabrica, comercializa, utiliza ou for pego em posse do material vai de pouco mais de 300 reais podendo chegar a 10 mil reais – valores atualizados em 2024, e cancelamento do alvará em casos de comércio. O projeto federal pede ainda detenção de 1 a 3 anos quando há morte.
Para Arthur Spíndola, hoje secretário adjunto de Governo de Indaiatuba, a necessidade da lei se deu pelo fato do registro de inúmeros acidentes ocorridos na cidade, alguns deles fatais devido ao uso do material cortante. “A nossa lei abrange toda a atividade que inclui cerol e afins. O indivíduo que estiver envolvido com esse tipo de situação vai ser punido, sem tolerância”, ressalta o secretário.
A linha cortante, conhecida como cerol ou mesmo linha chilena em algumas localidades, pode ser fabricada inclusive artesanalmente com vidro moído e cola -, substância passada na linha da pipa para facilitar o corte de linhas de pipas de adversários. No entanto, ela apresenta alto risco de ferimentos e mesmo de morte, principalmente de motociclistas.
Relembre acidentes fatais com cerol
Mesmo sendo proibido, o cerol continua matando em todo o Brasil. Estima-se em dados atuais que o número de acidentes anuais passa de 500. E em Indaiatuba não é diferente. O uso do cerol em linha de pipas já causou dezenas de acidentes na cidade.
Um dos acidentes que chocaram a população de Indaiatuba e foi notícia mundial aconteceu em 1998 com a morte de policiais militares em uma apresentação aérea. Os policiais estavam pendurados por um cabo de alpinismo num helicóptero Águia quando, por uma fatalidade, o cabo foi cerrado por uma linha com cerol, e os policias vieram a cair de uma altura de 40 metros.
Em 2019, na Estrada da General Motors, um motociclista morreu após ter a jugular cortada por uma linha com cerol. Ainda foram registrados casos em 2020, 2022 e mais três em 2023. “Uma diversão não pode jamais causar lesão em outras pessoas, não pode colocar a vida delas em risco”, conclui o secretário adjunto de Governo, Arthur Spíndola.
A partir da lei, foram realizadas na cidade inúmeras operações da Guarda Municipal em combate às atividades perigosas que envolvem o cerol, assim evitando acidente futuros.
Spíndola ainda orienta a população a denunciar qualquer tipo de prática com cerol pelo telefone 153 da Guarda Municipal.
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