Publicado em 29/07/2024 às 10h54 Indaiatuba Economia
Empresas do mercado pet crescem na região de Campinas
Foto: Reprodução/EPTV
Por G1 Campinas
Impulsionado pela pandemia da Covid-19, o número de microempreendedores individuais (MEIs) que atuam no mercado pet aumentou 73,3% na região de Campinas (SP) entre 2019 e 2023, segundo dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP).
O levantamento considera os cadastros em atividade em 31 de dezembro de cada ano nas cidades de Campinas, Indaiatuba (SP) e Sumaré (SP). Os setores de negócios incluem:
Indaiatuba concentra o maior crescimento nos cadastros ativos no período. De 2019 a 2023, os registros passaram de 147 para 279, respectivamente, o que configura uma alta de 89,79%.
O que justifica o aumento? Para Aldo Batista, consultor de negócios do Sebrae-SP, a pandemia é um fator-chave para entender a movimentação dos empreendedores no ramo pet.
“No período de pandemia as pessoas ficaram isoladas e sentiram a necessidade de ter um companheiro. Teve um aumento de 30% na adoção de animais. Quando você adquire ou adota um animal, você vai ficar com ele pelo menos por uns 10 anos. O crescimento vai ser expressivo e vai se mantendo”, explica.
Os dados apontam que os pet shops de bairro apresentaram o maior crescimento no ramo. “O negócio quando se inicia tende a ser duradouro se você manter a inovação e produtos de qualidade, que são características desse mercado”, frisa Batista.
Aproveitando oportunidades
De olho nesse crescimento, o empresário José Ângelo da Cunha Neto abriu as portas em outubro do ano passado, no bairro Taquaral, em Campinas. A empresa oferece serviços de creche, hotel e veterinário, além de banho e tosa.
“Nós tentamos montar aqui na empresa um lugar onde a pessoa pode deixar o pet de manhã, ele se diverte, já toma o banho, passa pelo veterinário e vai para casa 100% satisfeito”, conta.
Apesar de contribuir para a geração de empregos, o setor pet também carece de profissionais capacitados diante da alta demanda, de acordo com o empresário.
“Atualmente nós temos dois funcionários fixos e dois rotativos. […] Faltam cursos específicos para formar recreadores pets para que eles possam desenvolver essa atividade. O que nós fazemos aqui é que contratamos, mesmo sem experiência, e desenvolvemos essa experiência nos funcionários”, afirma.
Ana Júlia Tito de Oliveira é recreadora e foi contratada em fevereiro deste ano. “É um mercado que está crescendo com o tempo, tem muitas pet creches abrindo e isso dá muita oportunidade para a gente”, analisa.
“É muito bom você chegar e ter vários alunos recebendo a gente, é um carinho maior que a gente tem que ter por eles e eles têm por nós. Ajudar também no desenvolvimento deles é muito gratificante”, relata a recreadora.
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