Igrejas católicas mudam rotina por causa do H1N1

Com o aumento dos casos de gripe H1N1 (Influenza A), as igrejas católicas da Região Metropolitana de Campinas (RMC), inclusive as de Indaiatuba, devem modificar alguns atos comuns durante as celebrações.

Orientações sobre como agir para evitar o contágio do vírus foram enviadas às paróquias, capelas e comunidades, via carta no último dia 8, pelo arcebispo de Campinas Dom Airton José dos Santos. 

A transmissão do Influenza A pode ocorrer principalmente em locais fechados e com aglomeração de pessoas, conforme veicula o Ministério da Saúde. 

Por conta disso, o documento propôs algumas ações como: evitar o cumprimento da saudação da paz e também durante a oração do Pai Nosso; que os fiéis recebam o pão consagrado da comunhão em mãos e não diretamente na boca; e que as igrejas mantenham portas e janelas abertas para deixar o ambiente arejado, entre outras. 

Em entrevista ao Mais Expressão, o pároco da Igreja Santa Rita de Cássia de Indaiatuba, Padre Francisco de Paula Cabral Vasconcellos, conhecido como padre Xico, conta que desde o último domingo, dia 10, a paróquia colocou em prática essas medidas durante a missa. 

Segundo ele, a comunhão do sangue foi suspensa. “O fiel pega sua própria hóstia, que está separada no prato, distante uma da outra, e coloca na boca, sem o uso do vinho. Dessa maneira vai evitar que a hóstia passe de mão em mão”, explica.

O álcool em gel também é utilizado pelos ministros, para que desinfetem as mãos antes e depois do manuseio da hóstia na Santa Eucaristia. “Já o cumprimento de paz de espírito, que acontecia antes da comunhão, deixei para o final da missa e ficou aberto aos que desejarem. Também no final da celebração é feita a oferta em dinheiro à paróquia, assim o fiel não faz o contato com o dinheiro e com a hóstia no mesmo instante”, conta o padre.  

Questionado sobre a reação dos fiéis com as adaptações, Padre Xico diz  que as pessoas entenderam e a reação foi positiva. 

O pároco informou ainda que essa experiência deve durar três meses. “Não há um prazo estipulado, mas daqui uns três meses vou analisar essa questão da epidemia, para tomar a decisão de manter as mudanças ou voltar aos costumes”, explica.  

Casos 
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura, há oito notificações na Secretaria Municipal de Saúde de pessoas com suspeita de infecção pelo vírus H1N1. Todos os casos estão aguardando resultados de exames. 

Os pacientes seguem internados em tratamento e todos estão estáveis. Um nono paciente teve a suspeita da doença descartada ao receber o resultado negativo para a Influenza A. 

A Saúde orienta as pessoas para que evitem o contato das mãos com os olhos e boca, que cubram a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar, lavem as mãos frequentemente com água e sabão, evitem aglomerações e contatos físicos, mantenham uma boa alimentação e hábitos saudáveis.

O Ministério da Saúde informa que febre súbita acima de 38 graus, tosse, com ou sem dor de garganta, dor no corpo, nas articulações e cabeça, falta de ar e cansaço excessivo são alguns sintomas da doença. O paciente que os apresentar deve procurar um médico imediatamente.